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[fotografo] Lula Marques [/fotografo]

Temer revela em livro bastidores do impeachment de Dilma

02.11.2020 11:21 16

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Lançado em outubro, o livro A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil, reúne conversas entre o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o filósofo Denis Lerrer Rosenfield sobre os bastidores da política antes do impeachment de Dilma Rousseff (PT).

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Na obra, Temer conta que manteve contato com militares, como o general Eduardo Villas Boas, e o chefe do Estado Maior da Força, general Sérgio Etchegoyen, entre 2015 e 2016. Em entrevista ao Estadão, Rosenfield revela o desgaste da relação das Forças Armadas com o PT em razão da Comissão Nacional da Verdade.

De acordo com reportagem assinada por Marcelo Godoy, os militares tinham receio de que Dilma tentasse mudar a Lei da Anistia e de outros temas que constavam do Programa Nacional de Direitos Humanos-3, de 2009. Havia também o temor de que o PT mudasse a forma de acesso de oficiais ao generalato e a formação dos militares nas academias. Assim, o objetivo era se aproximar de Temer, então vice de Dilma, para saber, segundo Rosenfield, com quais cenários deviam trabalhar.

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“Não foi uma vez. Foram vários encontros”, diz o filósofo e autor do livro. O relato feito por Temer quer afastar os encontros com os militares do campo da conspiração política. Após o impeachment de Dilma, Villas Boas foi mantido no cargo e Etchegoyen foi nomeado ministro do novo Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Golpe

No livro, Temer nega ter conspirado para a saída de Dilma e credita o impeachment ao então presidente da CâmaraEduardo Cunha (MDB). A ofensiva, diz Rosenfield, se deu em razão de o PT ter negado apoio ao deputado.

“O que aconteceu é que o PT agrediu muito o presidente da Câmara e, em face dessa agressão, ele não teve outra alternativa”, diz. Ainda de acordo com o Estadão, o ex-presidente diz não ter cobiçado o cargo de Dilma e lamenta ter sido rotulado como golpista. “Golpista… O tempo todo. É um movimento político que mostra como tempos pouco apreço pela institucionalizado”, diz Temer.

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O ex-presidente, que chegou a ter apenas 3% de aprovação, diz ter buscado a conciliação nacional.  “Chamei os partidos logo que as coisas aconteceram e disse: ‘Vocês me indiquem nomes que eu vou examiná-los para verificar se eu os aprovo ou não’. Pretendo forma uma espécie de quase semi-presidencialismo”.

Lava Jato

Quando assumiu a presidência a Lava Jato ainda pulsava forte. Em 2017, Temer acabou sendo alvo da operação. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou uma das gravações realizadas pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e apresentadas à Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte da sua delação premiada.

No áudio, o presidente ouvia de Joesley que uma mesada estava sendo paga a Eduardo Cunha e ao operador do MDB no petrolão Lúcio Funaro para que se calassem sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”. Segundo as investigações, o grupo JBS era o responsável pelos pagamentos ao ex-deputado.

Temer se defende das acusações do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Delatores… me permita! Delator foi Joaquim Silvério dos Reis, foi Judas, não é? Esses foram delatores”, diz, referindo-se aos irmãos Joesley Wesley Batista.

O prefácio do livro é assinado pelo economista Delfim Netto. “Não tenho a menor dúvida de que, quando chegar o julgamento – sem ideologia e sem oportunismo -, Temer será classificado como um presidente inovador e reformista”, diz na introdução da obra.

A obra retrata ainda a carreira jurídica de Michel Temer, o magistério, o início da vida política, as obras publicadas, sua atuação como deputado, cargos ocupados no Estado de São Paulo e fatos de sua vida pessoal.

> PGR reabre investigações contra Rodrigo Maia por pagamentos de empreiteira

16 respostas para “Temer revela em livro bastidores do impeachment de Dilma”

  1. JOTAT10 disse:

    Mentiroso, traíra, foi um dos idealizadores da caída da Presidenta Dilma, ia participar daquela reunião em Portugal onde foi armado com a presença de tucanos, moro ex juiz x.9, Dória, Serra, GM, Presidentes de Bancos e ai vem com esse papo de que não estava armado o Golpe com os parceiros aqui no BR inclusive ele.

  2. Jorge Teixeira Carneiro disse:

    TeMMer.
    Nosso Vice de Confiança.
    SÓCIO do LuLLaDDrão desde 2003

    • JOTAT10 disse:

      Se for do lado dos MILICIANOS é juntamente com a Esposa recebem rachadinha pra defender, se é COXINHA Tucano gosta de receber Merenda Escolar em casa pra defender os Ladrões Tucanos e pelo sobrenome já sabemos o seu caráter filhote da Ditadura, o Temer sempre fez parte da elite de SP e sempre apoiou o Psdb, então menos sunita.

  3. José José disse:

    Comissão da Verdade, as carreiras do pessoal da caserna, cargos, muitas coisas pra se explicar… muita coisa importante mesmo para abrir “Uma Agenda Para o Brasil” de hj. Deve estar orgulhoso do que o “seu governo” deixou de legado e a fissura que provocou. Só mesmo 2022 para consertar essa bagunça.

    • Jorge Teixeira Carneiro disse:

      Não haverá golpe em 2022.
      Pode ficar tranquilo.

      • José José disse:

        Claro que não! Afinal, golpe tem vários significados no atual dicionário brasileiro. Tranquilo, tb é outra palavra desvirtuada. A pergunta é: o povo está tranquilo? 22 está chegando, a não ser que 20 com as eleições municipais já antecipem bem o resultado eminente da insatisfação “mitológica”.

        • Jorge Teixeira Carneiro disse:

          Bom…
          Em 2016 a GovernANTA estava aplicando a ”nova matriz econômica” junto com o Ministro MANTEIGA.
          E a economia estava derretendo.
          Depois de dois ”pibes” de ”menas” 2,7 e ”menas” 3,5
          A inflação já estava em 12% ao ano.
          Lembra disso?

          • José José disse:

            Lembro de tempos bem melhore. Nossa vai explicar isso para a população agora. Afinal, pede para o “guru” do mercado financeiro explicar para a população a situação atual do país, os planos para enfrentamento da crise, como ficou de fato a previdência do brasileiro enquanto as categorias abastadas e privilegiadas que vc bem sabe continuam intocáveis.
            Lembra disso?

          • Jorge Teixeira Carneiro disse:

            Fica difícil explicar.
            Quando o mundo estava em bonança deveríamos ter investido em infraestrutura.
            Em vez disso, preferimos promover o perdularismo, com o aparelhamento das autarquias e das estatais e fazer eventos esportivos desnecessários, como Copa do Mundo e Olimpíadas.
            Por sorte, o Presidente do Banco Central Henrique Meirelles, ainda teve o bom senso de aconselhar o presid’ANTO a fazer uma provisão de reserva.
            Senão estaríamos completamente fudld0s.
            Está sabendo o que está acontecendo neste momento na ARG!!!entina?

          • José José disse:

            Ainda bem que podemos confiar em nosso líderes senão estaríamos em situação bem difícil mesmo.

          • Jorge Teixeira Carneiro disse:

            Não podemos confiar nestes.
            Mas também não podíamos confiar nos anteriores.

    • Jorge Teixeira Carneiro disse:

      Uma pergunta.
      O que seria corrigir ”isto”?

  4. Jorge Teixeira Carneiro disse:

    Eta povinho

    B

    U

    R

    R

    O

    Elege para presidente uma guerrilheira comunista.
    E incompetente.

  5. Felix disse:

    O corrupto temer deveria estar preso.

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