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Senador passaria as férias em resort cuja diária média é de R$ 4 mil. Hotel tem ilhas privadas

STF barra férias no Caribe de senador em prisão domiciliar

26.06.2019 21:43 1

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revogou a autorização dada pela Justiça do Distrito Federal para que o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) desfrutasse de suas férias no Caribe. Gurgacz exerce o mandato enquanto cumpre pena em regime aberto por condenação no próprio Supremo.

Alexandre atendeu a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que considerou a liberação para viagem incompatível com a punição imposta ao senador, já que ele tecnicamente ele está em prisão domiciliar. Ele também terá de entregar seu passaporte à Justiça.

Acir Gurgacz recebeu autorização da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, para passar férias em um resort na ilha de Aruba, no Caribe durante o recesso parlamentar, de 17 de julho a 3 de agosto. Ele se hospedaria no Renaissance Aruba Resort & Casino, complexo de luxo onde a diária média custa R$ 4 mil.

Acir Gurgacz tem bom comportamento, alegou juíza que autorizou viagem internacional[fotografo]Ag. Senado[/fotografo]

O senador foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, em fevereiro de 2018, a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto. A condenação se deu com base na denúncia de que ele obteve, por meio de fraude, financiamento junto ao Banco da Amazônia (Basa) para renovar a frota de ônibus de uma empresa de transporte pertencente à sua família.

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Condenação

Segundo a acusação do Ministério Público Federal (MPF), o senador solicitou financiamento de R$ 1,5 milhão ao Basa, em 2002, quando era diretor de uma empresa de ônibus. Durante a operação, diz o MPF, houve uso irregular da verba destinada à compra de combustível, além de fraude na própria contratação do empréstimo. O senador sempre alegou inocência.

Ele foi preso em outubro e conseguiu autorização para exercer o mandato de dia e cumprir a pena à noite no Complexo Penitenciário da Papuda. Em maio, porém, passou ao regime aberto.

Pelas regras impostas pela Vara de Execuções Penais, o senador não pode consumir bebidas alcoólicas e está proibido de frequentar “locais de prostituição, jogos, bares e similares”. O resort abriga um cassino. Ele também de comparecer à Justiça a cada dois meses e tem de estar em casa até as 22 horas.

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A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, que autorizou a viagem internacional de Acir Gurgacz alegou que não há faltas graves pendentes de apuração relacionadas ao pedetista.

Senador preso pode passar férias no Caribe, decide Justiça

Uma resposta para “STF barra férias no Caribe de senador em prisão domiciliar”

  1. Gelson disse:

    Como a justiça aqui no Brasil é frouxa. Quando vejo notícias como essa perco a esperança de ver as cortes do nosso país julgar todos da mesma maneira. Por enquanto, para o mesmo peso as medidas são diferentes.

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