Publicidade

Demissão de Adrilles estremece relação entre bolsonaristas e Jovem Pan

SAUDAÇÃO NAZISTA

Bolsonaristas pregam boicote à Jovem Pan contra demissão de Adrilles

10.02.2022 11:00 0

Nota Em
Publicidade

Após o ex-BBB Adrilles Jorge ser demitido da Jovem Pan por reproduzir a saudação nazista durante transmissão ao vivo da TV, na última terça-feira (8), bolsonaristas iniciaram um protesto nas redes sociais pedindo a volta do comentarista à emissora. Na manhã desta quinta-feira (10), as hashtags #VoltaAdrilles e #BoicoteaJovemPan já alcançavam aproximadamente 24 mil postagens no Twitter. #CancelaJovemPan e #JovemPanLixo também são expressões usadas contra a empresa.

A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) também usou seu perfil no Twitter para engrossar os protestos. No post, com a hashtag #AdrillesdeVolta, Kicis publicou um vídeo em que o comentarista justifica sua atitude, criticando seu “cancelamento” na internet. “Eu estou sendo cancelado desde ontem por um suposto gesto que foi interpretado de maneira deturpada”, disse ele no vídeo. Adrilles é notório apoiador do presidente Jair Bolsonaro. A Jovem Pan também dedica boa parte do seu espaço a comentaristas simpáticos ao atual governo.

“Surreal, Adrilles”

Adrilles comentava o desligamento do youtuber Monark do Flow Podcast, no programa “Opinião”, da Jovem Pan, após ele ter defendido a existência de um partido nazista no país. Na ocasião, o apresentador defendeu o direito de expressão de antissemitas e da criação de um partido nazista, partindo do princípio de que o regime comunista também causou mortes e ainda assim tem espaço na democracia brasileira.

“Se o cara quiser ser antijudeu, eu acho que ele deveria ter o direito de ser.” Monark também disse acreditar que “tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”. A declaração ainda gerou um debate dentro do estúdio, que contava com a presença dos deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP).

Publicidade
Publicidade

No programa da TV, Adrilles afirmou ser contrário à existência de um partido nazista, mas em seguida relativizou o número de mortes pelo regime. “O nazismo matou 6 milhões de judeus, o comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas e hoje é visto aqui no Brasil como uma coisa livre, absolutamente liberada, com partidos normalizados”, disse o comentarista. Momentos depois, ao final do debate, ele reproduziu gesto da saudação nazista “Sieg Heil”. O apresentador William Travassos encerrou o programa, falando por cima de Adrilles. Ao ver o gesto do comentarista, o apresentador falou “surreal, Adrilles”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

Seja Membro do Congresso em Foco

Apoie