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O recado de quem não votou em ninguém
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A comunicação e o silencioso protesto das eleições municipais

Vimos análises e interpretações das causas e projeções dos impactos que as eleições trarão no cenário político, os partidos que mais ganharam e a queda de outros.

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Mas a análise da comunicação nas eleições permanece um vasto campo aberto a interpretações de significados, que passam pela sociologia e pelas teorias de credibilidade e confiança.

Nada mais significativo do que os votos nulos, brancos e abstenções terem superado a votação do primeiro ou do segundo colocado em 21 das 26 capitais em todo o país, segundo levantamento do Congresso em Foco. Em cidades como Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a soma de votos nulos, brancos e abstenções ultrapassou os 40%.

Podemos concluir que mais de 40% dos eleitores dessas cidades estão descrentes com a política. E que as eleições municipais revelaram a desaprovação da sociedade pelo sistema político vigente.

Esta não foi uma eleição de avaliações de quem se comunica bem ou mal, de quem “vendeu” bem o recado ou não conquistou corações e mentes.

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Não! Anterior à etapa de campanha eleitoral está a construção da confiança.

O erro não é de se comunicar bem ou não. A essência de uma comunicação bem-sucedida é a capacidade de entrar no mundo do seu interlocutor e fazê-lo sentir que você o entende.

E foi justamente isso que pegou. Os nossos governantes nos entendem? Eles conseguem estabelecer um forte laço em comum conosco? Conseguem nos tirar do nosso mundo e nos levar para o mundo deles?

O que vimos no último domingo, pelo menos em várias das maiores cidades brasileiras, é que a resposta correta para todas essas perguntas é simples e cabe em três letras: não.

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Doria sobre velocidade nas marginais: “Pode piar, pode reclamar. Ela vai ser adotada”

Logo após ser eleito, o novo prefeito de São Paulo, João Doria, deu mostras de como pretende governar a quarta maior cidade do mundo. Em entrevista à Folha de S.Paulo, questionado sobre a decisão de aumento de velocidade nas marginais,  declarou que a medida é irreversível. “A decisão está tomada”, declarou, mesmo confrontado com dados do Infosiga (Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo) que mostram que a queda de mortes na capital paulista caiu três vezes mais na capital do que no estado entre janeiro e agosto.

Na entrevista, Doria admitiu ter ficado impactado pelo sofrimento dos moradores da periferia, região que não conhecia até disputar a eleição.

O comportamento recebeu críticas na mídia e foi considerado extremamente político para um candidato que se elegeu negando a política. Ao se mostrar irredutível e se negar a dialogar sobre medidas que vão impactar a vida de milhares de pessoas, o novo prefeito da capital sinaliza desconhecer as regras que ditam a conduta de um bom porta-voz. A atitude impacta a imagem de sua própria gestão.

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Erros de comunicação geram percepção negativa do governo Temer

A última pesquisa CNI/Ibope revelou que a avaliação positiva do governo de Michel Temer foi de 14% em setembro. Os dados apontam a dificuldade de comunicação do Planalto. Das quatro notícias mais lembradas pelos entrevistados somente uma foi gerada pela oposição, como as manifestações do Fora Temer, citadas por 7% dos entrevistados. E 10% lembraram as declarações do ministro da Casa Civil Eliseu Padilha, sobre a reforma da previdência. Somente uma notícia positiva apareceu entre os temas lembrados: a viagem do presidente à China.

Os números da pesquisa revelam o desafio central do governo: é necessário avançar nas reformas estruturais ao mesmo tempo em que precisa inserir temas positivos no debate público.  As informações da última sondagem não são nada animadoras: a perspectiva negativa sobre o restante da gestão Temer aumentou para 38% em setembro. Em junho, eram 35% os que achavam que seria ruim ou péssima.

Uma comunicação errática e desalinhada causa danos a qualquer governo. Para os que têm baixa aceitação pode ser erro fatal.

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Desembargador sugere que crime financia Imprensa

Uma semana depois votar pela absolvição dos 74 PMs acusados pelo massacre de 111 presos no Carandirú, o desembargador Ivan Sartori, do Tribunal de Justiça de São Paulo, criticou a cobertura dos jornais sobre o caso em seu perfil no Facebook. Ele insinuou que parte da imprensa e das organizações de direitos humanos é financiada pelo crime organizado.

Suas palavras: “Diante da cobertura tendenciosa da imprensa sobre o caso Carandirú, fico me perguntando se não há dinheiro do crime organizado financiando parte dela”.  Para inflar a discussão, escreveu como título do post: “Quando a Imprensa é suspeita”. Além de comprar briga com a mídia profissional, o desembargador criticou o trabalho da acusação.

Provocar polêmicas e acirrar os ânimos é tudo o que um porta-voz e um agente público deve evitar. Além de causar consideráveis danos à imagem da magistratura, o juiz demonstra desconhecer um dos preceitos básicos dos treinamentos de mídia: “Menos é mais”. Falar somente o que for estratégico.

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Brasileiro opina sobre tudo na internet: “Lá vem textão”

Com a internet e a expansão das redes sociais, todo mundo ganhou voz e audiência na internet e o fenômeno do “textão” virou mania na rede. As pessoas opinam o tempo inteiro sobre tudo, e gostam de escrever textos longos, opinativos e pessoais. Em troca, esperam curtidas, comentários e compartilhamento. Se o tema viralizar, vai ter réplica e tréplica, numa cadeia sucessiva até a próxima polêmica.

Fábio Malini, especialista em cultura digital, professor da Universidade Federal do Espírito Santo e coordenador do Labic, adianta que mesmo quem não é profissional da escrita aprende a ter um certo estilo, chamando a atenção para este gênero literário emergente e em alta no Brasil, onde impera a “cultura do revide”.

Analistas pontuam que a viralização costuma vir atrelada a um viés polêmico. O textão é febre e mania nacional, mas não é jornalismo, é manifestação pessoal. É visto como um fenômeno positivo pelos estudiosos. “A gente está em um momento de uma realidade muito complexa, e todos querem participar do debate”, diz Ronaldo Lemos, pesquisador do MIT Media Lab no Brasil.

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Facebook vira rei da propaganda eleitoral

Numa virada impressionante, o Facebook poderá superar o Google como canal de destino de anúncios com propaganda eleitoral nos Estados Unidos. A projeção é do banco Citigroup e reflete o vasto alcance da rede social e das ferramentas que oferece aos anunciantes para selecionar segmentos específicos de usuários. No contexto atual de competição feroz, é cada vez mais valiosa a capacidade de definir milimetricamente os alvos dos anúncios. A técnica está sendo utilizada em larga escala tanto na propaganda convencional como na política.

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