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Em seminário promovido pelo Partido dos Trabalhadores, ex-presidente Lula afirmou que deseja reestabelecer os direitos do trabalhador e o acesso à educação. [fotografo] Ricardo Stuckert/Instituto Lula [/fotografo]

Eleições 2022

Lula diz que candidatura deve “redemocratizar o país de verdade”

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31.01.2022 17:50 0

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O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza, nesta segunda-feira (31), o primeiro dia do seminário “Resistência, Travessia e Esperança”. Conduzido pelos líderes do partido no Congresso Nacional, o deputado federal Reginaldo Lopes (MG) e o senador Paulo Rocha (PA), o evento conta com a participação, de maneira virtual, dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

O objetivo do seminário é debater o legado dos governos petistas, analisar a conjuntura atual e traçar estratégias para as eleições de 2022.

Em sua fala no começo desta tarde, Lula voltou a dar um recado à militância no sentido que sua candidatura tem de ir além do partido. O presidenciável tem sido criticado pelos setores mais à esquerda que o apoiam por negociar uma possível aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, e apoios mais ao centro e à direita, como com o PSD.

“Eu tenho de ser o candidato de um movimento que ultrapasse as fronteiras do PT.  De um movimento que quer redemocratizar o país de verdade”, afirmou o ex-presidente. O presidenciável, que lidera as pesquisas de intenção de voto, afirmou que deseja reestabelecer os direitos do trabalhador e o acesso à educação e que irá “tratar a saúde e a educação como investimento e não como gasto”.

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O ex-presidente criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), e afirmou que ele é submisso ao Congresso Nacional. “Nunca vimos, desde a proclamação da República, um presidente tão subserviente, tão submisso aos partidos que lhe sustentam. Nem o Orçamento da União ele faz”, apontou o petista.

Lula também criticou o processo que levou à deposição da ex-presidente Dilma Rousseff. Não citou, mas indiretamente fez críticas ao ex-presidente Michel Temer, citando o seu programa de governo, “Ponte para o Futuro”.

“Nós alertamos que, com o golpe da companheira Dilma, as coisas iriam piorar neste país. Criaram uma coisa chamada ponte para o futuro que, na verdade, não era uma ponte, era um abismo, pois eles cavaram o buraco e não fizeram a ponte”, criticou.

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Para o ex-presidente, o partido tem a responsabilidade de eleger pessoas novas para a política, principalmente mulheres, estudantes, membros da comunidade LGBT e trabalhadores do movimento social e sindical que estejam comprometidos com os interesses da população. “Precisamos convencer o povo brasileiro de que não basta eleger o presidente da República, é preciso eleger um Congresso Nacional progressista, com mais senadores e senadoras, mais deputados e deputadas comprometidos com os trabalhadores, para que a gente possa, então, realizar o nosso sonho de ver este país feliz outra vez”, destacou.

O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected].

O senador Paulo Rocha, líder do PT no Senado, concorda que é necessário que o partido reforce a base no Congresso. “Para essa campanha, não basta ter apenas o Lula, que é nosso grande goleador. Nesse campeonato, precisamos de um time unido e afinado com o que há de melhor em todas as posições, para que nosso grande goleador retome o poder em nome da classe trabalhadora”, afirmou o senador.

Líder do partido na Câmara, o deputado Reginaldo Lopes destacou que a bancada “tem a responsabilidade de contribuir com esse grande movimento pela candidatura do presidente Lula e de trabalhar para obter um resultado legislativo parecido com o que teve o Partido Socialista de Portugal”. Na eleição realizada nesse domingo (30), o partido de esquerda do país europeu conquistou 41,68% dos votos e elegeu 117 deputados, um a mais do necessário para obter maioria absoluta nas 230 cadeiras do Parlamento.

Em sua fala sobre as mudanças necessárias para o futuro governo, a ex-presidente Dilma Rousseff criticou a atuação econômica exclusivamente voltada ao agronegócio e aos interesses do mercado. “Este país não pode estar condenado a se tornar uma grande fazenda nem tampouco um grande banco. Nenhum país do mundo consegue um bom nível de desenvolvimento e salários dignos sem um processo de reindustrialização”,acrescentou Rousseff.

Também presente no evento, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), destacou os legados dos governos petistas e que eles são a chave para a saída da crise atual. “Não tenho dúvidas de que nós vivemos um dos melhores momentos do Partido dos Trabalhadores dos últimos 10 anos, exatamente pelo que nós construímos e deixamos de legado neste país. Por isso o PT e Lula tornam-se a esperança do povo brasileiro de conseguir reconstruir o Brasil e garantir às pessoas, de novo, o direito ao trabalho, à renda e à dignidade”, afirmou.

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