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O imigrante congolês Moïse Kabamgabe, morto no Rio de Janeiro. Foto: Arquivo pessoal/reprodução

Repercussão

Parlamentares se solidarizam pelo assassinato do congolês Moïse Kabamgabe

01.02.2022 16:01 0

Nota Em
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A morte do imigrante congolês Moïse Kabamgabe, assassinado no Rio de Janeiro por exigir o pagamento de duas diárias não pagas no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca, ocupou as primeiras posições no trending topics do Twitter nesta terça-feira com a hashtag #justicaparaMoise . Além de despertar preocupações na população, seu assassinato foi abordado por diversas lideranças do Congresso Nacional. O tema ecoou, principalmente, entre membros da oposição ao governo na casa.

“A dor da família do congolês Moïse Kabamgabe, morto após ser brutalmente espancado em um quiosque na Barra da Tijuca, é dilacerante e também dói o coração de quem vê. O que fica é o gosto amargo do racismo estrutural, combinado com a xenofobia dos que não toleram o outro”, declarou a líder do Psol na Câmara, deputada Talíria Petrone (Psol-RJ). A parlamentar acrescenta que a importância de se “dar um basta a esse ciclo de racismo, ódio, violência, intolerância e morte”.

Marcelo Freixo (PSB-RJ), líder da minoria na Câmara, se manifestou de forma semelhante. “Moïse deixou o Congo para fugir da guerra e buscar uma vida melhor no Brasil, mas acabou brutalmente assassinado no RJ. Chega de violência. Nosso Estado precisa de paz para que todas as pessoas que escolhem a nossa terra possam viver e trabalhar com dignidade”.

Do Senado, pronunciou-se também o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “É triste, cruel, revoltante. Moïse Kabamgabe saiu do Congo para fugir da guerra, chegou ao Brasil e foi assassinado de forma atroz nas ruas do RJ. Que país é esse? Não é o Brasil que queremos! Queremos justiça e o fim dessa cultura de violência!”.

Além da oposição no Senado, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição da Câmara, também comentou sobre o episódio. “A morte de Moïse Kabamgabe, que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, mas acabou brutalmente assassinado no Rio depois de cobrar pagamento pelo seu trabalho, deve ser investigada até o fim”, declarou.

Orlando Silva (PCdoB-SP) também se somou aos parlamentares na discussão do assunto, apontando para os fatores sociais do assassinato. “Um assassinato brutal de um homem que luta pela sobrevivência. Era negro, migrante. Racismo e xenofobia num país construído pelas mãos calejadas dos negros africanos. É a barbárie!”.

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