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Comissão de ética do Podemos acatou pedido de processo contra Arthur do Val assinado por lideranças femininas da legenda. Foto: Alesp

Eleições 2022

Podemos inicia processo para expulsão de Arthur do Val

07.03.2022 22:01 0

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O diretório estadual do Podemos em São Paulo iniciou o processo disciplinar interno para julgar a possibilidade de expulsão do deputado estadual Arthur do Val. O processo foi aberto após uma série de pedidos com base nos áudios vazados em que o parlamentar, ao retornar da Ucrânia, fez comentários sexistas sobre as refugiadas da guerra, e insinuou que pretende retornar para praticar turismo sexual.

Conhecido nas redes sociais como “Mamãe, Falei”, Arthur do Val é um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL). Sua viagem à Ucrânia se deu com a presença de Renan Santos, outro coordenador do MBL, que o acompanhou sob a premissa de fazer uma missão humanitária no país, que está em guerra há 13 dias com a Rússia.

Os áudios vazados, que segundo o parlamentar foram direcionados a um grupo de amigos quando o mesmo estava em um ponto de apoio para refugiados na Eslováquia, incluem comentários do tipo “elas são fáceis porque são pobres” e “ É inacreditável a facilidade. (…) Elas são gold diggers, que falam”.

O pedido de expulsão acatado pela legenda foi assinado pela presidente do Podemos Mulher Nacional, Márcia Pinheiro, bem como pela presidente do Podemos Mulher de São Paulo, Alessandra Algarin. Uma Comissão de Ética e Disciplina foi nomeada para julgar o caso, e o deputado conta com um prazo de cinco dias para oferecer sua defesa.

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Segundo as signatárias, “A mencionada postura adotada pelo deputado estadual Arthur do Val é intolerável e demonstra um problema ainda mais grave da sociedade, pois revela a discriminação de gênero oculta, que aflora quando o indivíduo se sente protegido e acobertado por outros que compartilham da mesma mentalidade retrógrada”.

Elas também consideram que o fato dos áudios terem sido enviados a um grupo de amigos “demonstra o verdadeiro caráter do ofensor”, e que a situação se agrava por se tratar de vítimas de uma guerra. “Não se trata apenas de punir o patológico comportamento, mas também demonstrar apoio e solidariedade às mulheres que se sentiram ofendidas”, destacam.

Confira a seguir a íntegra do pedido de processo para expulsão:

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