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Armínio Fraga revela decepção com Aécio e o PSDB: “Uma tristeza”

08.08.2017 08:56 3

Reportagem
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Anunciado como ministro da Fazenda em um eventual governo Aécio, Armínio Fraga diz que não enxergava "o lado mais extremo" do candidato tucano

Presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e coordenador da área econômica do programa de governo de Aécio Neves à Presidência da República em 2014, Armínio Fraga demonstra decepção com o PSDB e o senador tucano. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o economista diz que não enxergou, durante a campanha eleitoral, “esse lado mais extremo” de Aécio, revelado pela Operação Lava Jato.

“Fiquei chateado. Entendo que a política exija negociações variadas, que há uma disputa por recursos do orçamento e tudo mais, mas ali havia muitos aspectos do Brasil velho. Foi desagradável”, declara. “Na campanha presidencial de 2014, eu estava animado com a possibilidade de trabalhar com Aécio. Acho que teria sido um bom presidente, mas esse lado mais extremo eu não enxergava. É uma tristeza”, acrescenta. O nome dele chegou a ser adiantado pelo candidato tucano como ministro da Fazenda caso ele ganhasse a eleição.

Armínio também vê o PSDB perdido: “Não tenho muito entusiasmo pelo que estou vendo. O PSDB está se enrolando todo. Vai acabar perdendo a chance”. O economista tem sido apontado como um possível candidato à Presidência pelo Partido Novo.

Na entrevista aos jornalistas Ana Estela de Sousa Pinto e Ricardo Balthazar, o ex-presidente do Banco Central diz temer uma guinada na política econômica com a eventual eleição de um candidato de perfil populista. “Se a mudança imprimida na direção da política econômica for mantida, consolida uma coisa muito boa”, diz. “Mas pode acontecer o contrário, uma guinada populista, e ir tudo para o brejo.”

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Armínio Fraga também ataca o governo Temer e o ex-presidente Lula, pré-candidato do PT à Presidência em 2018. “Temer chegou [ao poder] com uma boa agenda. Foi parceiro preferencial do PT na roubalheira e na destruição da economia, mas teve o mérito de parar com aquilo e apresentar uma proposta [de reformas]. Foi uma grande surpresa. Depois ficou claro que seus vínculos com o Brasil velho eram muito fortes”, afirma.

Para ele, a eventual volta de Lula ao Palácio do Planalto representa um risco para a economia do país. “Se Lula for candidato, vai voltar ao mesmo padrão de mentiras e promessas de antes. Ele declarou outro dia que nunca o Brasil precisou tanto do PT quanto hoje. Para quê? Para quebrar de novo? Para enriquecer todos esses que estão aí mamando há tanto tempo? Acho que a campanha vai ser de baixíssimo nível”, declara.

Segundo o ex-presidente do Banco Central, o Brasil se aproxima da “falência generalizada”. “Se a discussão não for boa, quem vier depois não terá legitimidade para tomar as medidas necessárias. Fica a ideia de que o Brasil tem apenas duas opções: ser feliz, ou tomar medidas amargas. Isso dificulta a solução da falência generalizada que se aproxima.”

Armínio Fraga presidiu o Banco Central de 1999 a 2002, no segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Leia a entrevista dele à Folha de S.Paulo

Os áudios que levaram ao afastamento de Aécio; transcrição detalha pagamento de R$ 2 milhões

3 respostas para “Armínio Fraga revela decepção com Aécio e o PSDB: “Uma tristeza””

  1. Fábio disse:

    Aécio decepcionou e está morto politicamente, o que mostra a decência daqueles que o elegeram. De outro lado, os petralhas atacam a justiça, desdenham das investigações e desejam emplacar um hexa réu condenado por corrupção na presidência.

  2. Jose Bem Maior disse:

    Tristeza também do PSDB, são os 20 anos de obras intermináveis do RODOANEL PAULISTA, onde o próprio presidente da República tem muita influência, não só no Porto de Santos

  3. Walldemar Sobrinho disse:

    Armínio Fraga deveria saber que a quadrilha que o decepciona é oriunda da social democracia, um esquerdismo velado, meio em cima do muro, pensado para não deixar claro o verdadeiro viés vagabundo e criminoso que todo cidadão de esquerda tem. Não há futuro nesse ideário, a história mostra isso, só falta os 40 milhões de desempregados (número real, sem maquiagem esquerdo-vagabunda) e mais uns 80 milhões de sub-empregados (ganhando salário-miséria) perceberem.

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