Publicidade

Abismo financeiro: entre Marta e Neymar, a igualdade está apenas no número da camisa

Mulheres recebem menos na maioria dos esportes

11.08.2016 08:00 20
Atualizado em 22.08.2016 13:05

Reportagem
Publicidade

Natalia Mazotte, da Agência Pública

Além da baixa representatividade nas gerências das federações esportivas, a carreira das atletas passa por obstáculos financeiros. O suor para estar em competições nacionais e internacionais de alto nível é o mesmo para homens e mulheres, mas não raramente as recompensas são menores para elas.

Em um caso que ganhou destaque recentemente, o time brasileiro vencedor da Liga Mundial de vôlei feminino de 2016 levou pra casa um cheque de 200 mil dólares, valor cinco vezes inferior ao recebido pelo primeiro lugar da Liga Mundial masculina.

Em entrevista ao Gênero e Número, a oposta Sheilla Castro, bicampeã olímpica e integrante da atual equipe de vôlei campeã, critica a diferença entre as premiações. “Muito discrepantes os prêmios no masculino e feminino. Nunca formalizamos nenhuma reclamação, mas já conversamos com o Ary [Graça, atual presidente da Federação Internacional de Vôlei], quando ele era presidente da CBV”, disse a jogadora.

Publicidade

A diferença de remuneração é ainda mais notória quando se olha para o prêmio em dinheiro oferecido pela FIFA, órgão de gestão do futebol no mundo que apenas em 2013 teve a primeira mulher em seu comitê executivo, a burundesa Lydia Nsekera. Enquanto a equipe feminina dos EUA ganhou US$ 2 milhões da organização por vencer a Copa do Mundo do ano passado, a seleção masculina alemã arrecadou US$ 35 milhões após ser campeã da Copa do Mundo de 2014. Se o prêmio fosse dividido pelos jogadores em campo, a receita das americanas não chegaria a US$ 200 mil por atleta, enquanto os alemães embolsariam mais de US$3 milhões individualmente.

Sheilla afirma que a justificativa dada para a disparidade é a diferença de patrocinadores, o que impactaria no valor que entra. “Se é ou não verdade, eu não sei”, disse.

As contas bancárias dos atletas refletem essa diferença. Na última classificação divulgada pela Forbes, entre os cem atletas mais bem pagos do mundo há apenas duas mulheres: as tenistas Serena Williams, que recebe US$ 28,9 milhões, e Maria Sharapova, com US$ 21,9 milhões por ano, respectivamente 40º e 88º no ranking. Valores altos, mas nem metade do que recebe a estrela masculina do tênis Roger Federer, US$ 67 milhões.

Se no tênis, um dos esportes mais equânimes em termos de gênero, onde todos os principais torneios oferecem prêmios idênticos nas disputas femininas e masculinas, a diferença de salários e patrocínios dos primeiros do ranking ainda é considerável, no futebol ela atinge seu ápice.

Publicidade
Publicidade

Neymar e Marta são dois expoentes dessa a paixão nacional, e estarão em campo na disputa pelo ouro olímpico. Ela já foi eleita cinco vezes melhor jogadora do mundo pela Fifa e marcou 103 gols com a camisa da seleção. Ele conquistou o terceiro lugar na última votação para melhor do mundo, e chegou a 50 gols defendendo o Brasil. Mas é na conta bancária que a diferença entre os dois se sobressai: Marta recebe de salário anual US$400 mil contra US$14,5 milhões de Neymar, de acordo com a Forbes. Se fossem pagos por gols, cada bola na rede da Marta valeria cerca de US$3,9 mil (cerca de R$12 mil), enquanto as do Neymar valeriam US$290 mil (cerca de R$900 mil).

Abismo financeiro: entre Marta e Neymar, a igualdade está apenas no número da camisa

Pode ser moralmente escandaloso que Marta receba tão menos que Neymar? Em um mercado movido a patrocínios, tudo parece justificável. As receitas patrocinadas da Copa do Mundo masculina chegaram a US$ 529 milhões. No mundial feminino, US$ 17 milhões de investimentos privados.

Visibilidade e popularidade são palavras-chave para entender por que os esportes femininos atraem menos patrocínios. “A mídia dá pouca visibilidade às conquistas das mulheres, aos campeonatos das mulheres”, explica Silvana Goellner, professora da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em questões de gênero no esporte. “A mídia produz muito a representação do esporte para os homens, então como vamos tê-las como inspiração?”, questiona Silvana.

Os acordos de transmissão e direitos televisivos exercem uma poderosa influência nos negócios esportivos. A popularidade dos jogos, com o comparecimento aos estádios para ver as equipes femininas, também afeta diretamente a receita dos campeonatos e o interesse das emissoras. Quanto menos pessoas prestigiam as atletas, menos elas são noticiadas e televisionadas. Quanto menos são noticiadas e televisionadas, menos pessoas têm o interesse despertado e as prestigiam. Um círculo vicioso que explica em grande parte a batalha para equalizar economicamente as competições feminina e masculina.

 

Confira a lista dos atletas mais bem pagos da atualidade:

Classificação Nome Total recebido (em US$) Receita com salários e patrocínios (em US$) Receita com publicidade (em US$) Esporte Gênero
1 Cristiano Ronaldo 88,000,000 56,000,000 32,000,000 Soccer M
2 Lionel Messi 81,400,000 53,400,000 28,000,000 Soccer M
3 LeBron James 77,200,000 23,200,000 54,000,000 Basketball M
4 Roger Federer 67,800,000 7,800,000 60,000,000 Tennis M
5 Kevin Durant 56,200,000 20,200,000 36,000,000 Basketball M
6 Novak Djokovic 55,800,000 21,800,000 34,000,000 Tennis M
7 Cam Newton 53,100,000 41,100,000 12,000,000 Football M
8 Phil Mickelson 52,900,000 2,900,000 50,000,000 Golf M
9 Jordan Spieth 52,800,000 20,800,000 32,000,000 Golf M
10 Kobe Bryant 50,000,000 25,000,000 25,000,000 Basketball M
11 Lewis Hamilton 46,000,000 42,000,000 4,000,000 Racing M
12 Tiger Woods 45,300,000 274,000 45,000,000 Golf M
13 Eli Manning 45,000,000 37,000,000 8,000,000 Football M
14 Joe Flacco 44,500,000 44,000,000 500,000 Football M
15 Tom Brady 44,100,000 36,100,000 8,000,000 Football M
16 Floyd Mayweather 44,000,000 32,000,000 12,000,000 Boxing M
17 Rory McIlroy 42,600,000 7,600,000 35,000,000 Golf M
18 Russell Wilson 41,800,000 31,800,000 10,000,000 Football M
19 Sebastian Vettel 41,000,000 40,000,000 1,000,000 Racing M
20 Philip Rivers 38,000,000 37,500,000 450,000 Football M
21 Rafael Nadal 37,500,000 5,500,000 32,000,000 Tennis M
21 Neymar 37,500,000 14,500,000 23,000,000 Soccer M
23 Zlatan Ibrahimovic 37,400,000 30,400,000 7,000,000 Soccer M
24 Fernando Alonso 36,500,000 35,000,000 1,500,000 Racing M
25 Gareth Bale 35,900,000 24,900,000 11,000,000 Soccer M
26 Marcell Dareus 35,200,000 35,100,000 100,000 Football M
27 Peyton Manning 34,200,000 19,200,000 15,000,000 Football M
28 Derrick Rose 34,100,000 20,100,000 14,000,000 Basketball M
29 Kei Nishikori 33,500,000 3,500,000 30,000,000 Tennis M
30 A.J. Green 33,300,000 32,800,000 500,000 Football M
31 James Harden 32,800,000 15,800,000 17,000,000 Basketball M
32 Usain Bolt 32,500,000 2,500,000 30,000,000 Track M
33 Clayton Kershaw 32,000,000 31,200,000 800,000 Baseball M
33 Dwyane Wade 32,000,000 20,000,000 12,000,000 Basketball M
35 Drew Brees 31,000,000 19,000,000 12,000,000 Football M
36 Carmelo Anthony 30,900,000 22,900,000 8,000,000 Basketball M
37 Chris Paul 30,000,000 21,500,000 8,500,000 Basketball M
38 Cliff Lee 29,300,000 29,200,000 100,000 Baseball M
39 Olivier Vernon 29,000,000 28,800,000 200,000 Football M
40 Serena Williams 28,900,000 8,900,000 20,000,000 Tennis F
41 Justin Verlander 28,600,000 28,000,000 600,000 Baseball M
42 Kyrie Irving 27,600,000 16,600,000 11,000,000 Basketball M
43 Julio Jones 27,200,000 26,000,000 1,200,000 Football M
44 Luke Kuechly 27,100,000 26,100,000 1,000,000 Football M
45 Robinson Cano 27,000,000 24,000,000 3,000,000 Baseball M
46 Dwight Howard 26,900,000 22,400,000 4,500,000 Basketball M
47 Miguel Cabrera 26,600,000 24,100,000 2,500,000 Baseball M
48 Albert Pujols 26,300,000 24,300,000 2,000,000 Baseball M
49 Blake Griffin 26,100,000 18,100,000 8,000,000 Basketball M
49 Wayne Rooney 26,100,000 20,100,000 6,000,000 Soccer M
51 Cameron Jordan 25,900,000 25,800,000 100,000 Football M
52 Russell Westbrook 25,700,000 16,700,000 9,000,000 Basketball M
53 Ryan Howard 25,600,000 25,000,000 600,000 Baseball M
53 Trent Williams 25,600,000 25,500,000 75,000 Football M
55 Chris Bosh 25,200,000 22,200,000 3,000,000 Basketball M
56 Felix Hernandez 24,900,000 24,400,000 500,000 Baseball M
57 Zack Greinke 24,700,000 24,700,000 50,000 Baseball M
58 Prince Fielder 24,600,000 24,100,000 500,000 Baseball M
59 CC Sabathia 24,400,000 23,700,000 700,000 Baseball M
60 Sergio Agüero 24,300,000 16,800,000 7,500,000 Soccer M
60 Sam Bradford 24,300,000 24,000,000 300,000 Football M
62 Paul George 24,100,000 17,100,000 7,000,000 Basketball M
63 Manny Pacquiao 24,000,000 21,500,000 2,500,000 Boxing M
64 Kevin Love 23,900,000 19,900,000 4,000,000 Basketball M
65 Yoenis Cespedes 23,800,000 23,200,000 600,000 Baseball M
65 Joe Mauer 23,800,000 23,000,000 800,000 Baseball M
65 David Price 23,800,000 23,300,000 500,000 Baseball M
65 Luis Suarez 23,800,000 17,800,000 6,000,000 Soccer M
69 Stephen Curry 23,600,000 11,600,000 12,000,000 Basketball M
69 Jason Day 23,600,000 15,100,000 8,500,000 Golf M
71 Dez Bryant 23,500,000 23,000,000 500,000 Football M
71 Dale Earnhardt, Jr. 23,500,000 15,000,000 8,500,000 Racing M
73 Demaryius Thomas 23,400,000 22,200,000 1,200,000 Football M
74 Andy Murray 23,000,000 8,000,000 15,000,000 Tennis M
74 Masahiro Tanaka 23,000,000 22,000,000 1,000,000 Baseball M
74 Mark Teixeira 23,000,000 22,500,000 500,000 Baseball M
77 Joe Johnson 22,900,000 21,900,000 1,000,000 Basketball M
78 Cole Hamels 22,700,000 22,500,000 200,000 Baseball M
79 Anthony Castonzo 22,500,000 22,500,000 35,000 Football M
79 Troy Tulowitzki 22,500,000 22,200,000 300,000 Baseball M
81 Bastian Schweinsteiger 22,400,000 19,400,000 3,000,000 Soccer M
82 Jimmie Johnson 22,200,000 16,200,000 6,000,000 Racing M
83 Angel Di Maria 22,100,000 20,600,000 1,500,000 Soccer M
83 James Rodriguez 22,100,000 15,100,000 7,000,000 Soccer M
85 Eden Hazard 22,000,000 17,000,000 5,000,000 Soccer M
85 Conor McGregor 22,000,000 18,000,000 4,000,000 MMA M
85 David Ortiz 22,000,000 16,000,000 6,000,000 Baseball M
88 Maria Sharapova 21,900,000 1,900,000 20,000,000 Tennis F
89 Jacoby Ellsbury 21,800,000 21,200,000 600,000 Baseball M
89 Justin Houston 21,800,000 21,700,000 100,000 Football M
91 Matt Kemp 21,700,000 21,200,000 500,000 Baseball M
92 Canelo Alvarez 21,500,000 20,000,000 1,500,000 Boxing M
93 Adrian Gonzalez 21,400,000 21,000,000 400,000 Baseball M
94 LaMarcus Aldridge 21,200,000 19,700,000 1,500,000 Basketball M
94 Cameron Heyward 21,200,000 21,000,000 150,000 Football M
94 Jayson Werth 21,200,000 21,000,000 200,000 Baseball M
97 Alex Rodriguez 21,100,000 20,700,000 400,000 Baseball M
98 Nico Rosberg 21,000,000 20,000,000 1,000,000 Racing M
99 Carl Crawford 20,900,000 20,600,000 300,000 Baseball M
100 Buster Posey 20,800,000 17,800,000 3,000,000 Baseball M

 

Este texto foi produzido pela web revista Gênero e Número, uma iniciativa de jornalismo de dados que está sendo incubada pela Agência Pública em 2016. A cada mês, ela tratá uma série de reportagens com um tema relevante sobre a desigualdade de gêneros. Leia a investigação completa sobre Mulheres no Esporte: www.generonumero.media

 

Mais sobre Agência Pública

Mais sobre mulheres

Mais sobre Olimpíadas de 2016

20 respostas para “Mulheres recebem menos na maioria dos esportes”

  1. Fábio disse:

    Congresso em Foco está se afundando com seu esquerdismo militante. Deixa de fazer jornalismo para promover agenda política. Que tal comparar o salário da Gisele Bundchen com o dos modelos masculinos? Escancararia a patetice da matéria.

  2. Rodrigo disse:

    Não é por acaso que o chamam de neymídia.

  3. Chico Hermes disse:

    Que texto pífio, patético, jornalista de quinta categoria.

  4. Jorge Santos disse:

    Eu sou empresário capitalista malvadão, mas eu sou burro! Eu contrato homens, que recebem salário maior pela mesma função. Acho que eu deveria contratar só mulheres, já que posso pagar menos mesmo.

    O Neymar recebe 14 milhões e a marta 400 mil por causa da incontestável demanda de oferta e procura. Oras, se existe um público muitíssimo maior que assiste ao masculino, as patrocinadoras – que pagam os salários – vão optar em patrocinar o masculino, onde sua marca terá maior visualização. O mesmo é válido para a moda e qualquer outro setor da economia.

    As estatísticas apresentadas pelos grupos feministas são bonitas, mas, de acordo com a professora Christina Hoff Sommers, do Instituto American Enterprise, elas estão erradas; foram manipuladas – algo muito fácil de se fazer com estatísticas. Mulheres em mesma função ganham, em média, 98% do salário – e os 2% de desvio são regionais, tendo lugares que pagam menos por uma mesma função que em outros. De maneira geral o salário global delas é menor porque mulheres tendem a ir para áreas como psicologia e pedagogia, que pagam menos que engenharias e outras áreas exatas, que é a tendência para onde homens vão. E mesmo nas mesmas áreas, como a medicina, mulheres tendem a se especializar em formações que pagam menos, como pediatria, ao invés de cardiologia.

  5. Alex Mamed disse:

    Bora discutir o cachê da Gislle Bundchen com os caches pagos aos homens?

    Nào?

    Ah, tá bo! Beleza.

  6. Sidnei Moi disse:

    Qual o retorno financeiro que cada um dá? É muito simples, ganha bem quem da bom retorno.

  7. Valdir de Souza disse:

    mimimi mimimi mimimi mimimi mimimi mimimi mimimi texto de feminazi peluda frustrada mal amada que sempre reduz tudo a disputa de gêneros, “com a opressão da sociedade machista, misógena patriarcal falocentrista…” Ninguém assiste futebol feminino, se assistisse a TV Brasil daria recordes de audiência e os estádios estariam sempre cheios

  8. Vitor Grando disse:

    É impressionante que um sujeito com nível superior não tenha a menor noção de teoria econômica e reduza toda a economia a questões de gênero. Quem escreveu esse texto horroroso deveria ter seu diploma cassado.

  9. JohnNoArms disse:

    Ahh feministas, sempre ridículas e manipuladoras. Pra efeito de medirem a popularidade do futebol feminino sugiro que façam um teste, perguntem para um grupo de pessoas na rua se eles sabem qual é o time em que a Marta joga. Pra quem vive vomitando que tudo é construção social e machismo é difícil entender que a competitividade está mais presente no gênero masculino que no feminino. De maneira geral homens apreciam mais o esporte do que as mulheres, isso acaba influenciando totalmente o faturamento dos atletas profissionais.

  10. Mateus disse:

    Mais ou menos desigualdade de gênero, né. Na verdade, bem menos desigualdade de gênero. Compare, por exemplo, o que ganha Gisele Bündchen por ano com qualquer outro modelo masculino, é exorbitante a diferença.

    Veja aqui, ela sendo comparada com o número 1 masculino:

    “Os dois modelos mais bem pagos do mundo segundo a revista “Forbes”: a brasileira Gisele Bündchen, do lado feminino, e o americano Sean O’Pry, entre os homens. Mas o sucesso não tem o mesmo valor para ambos. Enquanto Gisele fatura us$ 42 milhões por ano, Sean ganha entre US$ 600 mil e US$ 1,5 milhão no mesmo período – quase 40 vezes menos.”
    Reportagem completa aqui: http://ffw.com.br/noticias/gente/sean-opry-fala-sobre-mercado-masculino-de-modelos/

    Mesmo comparando o salário de Gisele, como o do jogador brasileiro Neymar, a diferença é bem grande. US$ 42 milhões de Gisele e US$ 14,5 milhões de Neymar, por ano.

    • Ralph T disse:

      É uma disparidade por público, habilidade e cultural.

      Como poderei, isso afeta a ambos os gêneros, na indústria da moda são as “mulheres” que dominam, e nessa indústria homens ganham muito menos, talvez porque objetificação seja algo indigno para homens.

      E esta é a questão, é preciso o mundo ainda ser tão clube do bolinha e da luluzinha!? mulher ter de ser modelo e homem esportista!?

      • JohnNoArms disse:

        Nego não cansa de passar vergonha e vive a vomitar aquele discurso pronto que lhe deram.

        Vamos pensar por 2 minutos, faça um esforço que você consegue. Tome como base o guarda roupas de uma mulher e de um homem, note a diferença e a quantidade de produtos que cada um tem. O espaço feminino abarrotado de coisas só confirma que as mulheres consomem mais em vestuário, calçados e produtos de beleza, portanto é natural que o mercado publicitário desses setores privilegie o trabalho de modelos mulheres. Qual o sentido de usar um homem pra vender um sutiã, um sapato ou creme hidratante? O público alvo tem que se enxergar na campanha!

  11. EdgarMendes disse:

    Por que esses vagabundos da UOL não comparam os caches dos atores e atrizes pornos,modelos masculinos e femininos,dos djs homens e mulheres e etc… Agora ficam com esse monte de estatísticas manipuladas a favor das ideologia comunistas,socialista,estalinistas.marxista e etc….

  12. Paulo_francis disse:

    A matéria é toda furada. Os dividendos são pagos de acordo com o retorno financeiro que o atleta dá a clubes e a investidores. O público não quer ver fuutebol feminino. Isso é um fato!

    “A mídia dá pouca visibilidade às conquistas das mulheres, aos campeonatos das mulheres”

    Inversão da realidade. Vocês só falam nisso o tempo inteiro! A mídia fala tanto em feminismo e direitos das mulheres que nem vende mais.

    Aliás, como a Marta consegue tirar R$400.000 por ano, se os estádios estão sempre vazios? É oferta e procura. Compare com a terceira divisão do campeonato brasileiro, e veremos que Marta é uma magnata de tão bem paga.

    • Ralph T disse:

      Se dê ao trabalho de ler a matéria até o fim, se faz essas considerações, e se constata que se trata de um ciclo vicioso, onde tudo o que você diz foi contemplado.

      “Como Marta consegue tirar R$400.000 por ano”, basta fazer uma pesquisa mínima e ver que ela não atua no Brasil, por isso consegue uma remuneração muito superior a suas companheiras, porque atua em países onde os campeonatos femininos remuneram melhor.

      “compare com a terceira divisão” não, tem de comparar é com o nível que ela apresenta, que é de seleção.

      Se formos colocar nesses termos, se ela é magnata, o que seria Neymar então frente à terceira divisão!?

      Aliás, o feminino nem “terceira divisão tem” – tal o tamanho dispare do mercado do futebol Nacional.

      De qualquer forma, mercado nasce de uma “cultura”, imposta, natural, ou mantida, e sob uma ótica vivemos num país que oblitera as habilidades esportivas femininas há tempos, ou as trata como coqueluxes de luxo.

      Os ramos em que mulheres ganham mais enquanto produtos que os homens são todos vinculados à imagem e moda / um setor “tradicionalmente” considerado feminino.

      Luluzinah e bolinha na base cultural global?…é preciso questionar sim… Porque é a partir daí que começam as definições que limitam as escolhas de todos, tanto de homens exercerem atividades consideradas “femininas” quanto de mulheres de serem profissionais de setores “masculinos”…

      • Paulo_francis disse:

        “”compare com a terceira divisão” não, tem de comparar é com o nível que ela apresenta, que é de seleção.”

        Vi que você tem um problema com contas. Não tem o que comparar mesmo: Neymar dá 100x mais retorno financeiro que os jogos com estádios vazios das equipes femininas.

        “De qualquer forma, mercado nasce de uma “cultura”, imposta, natural, ou
        mantida, e sob uma ótica vivemos num país que oblitera as habilidades
        esportivas femininas há tempos”

        Isso é simplesmente falso. É mais do mesmo vitimismo feminista de sempre. As habilidades femininas sempre foram valorizadas. Sobretudo no vôlei, basquete e judô.

        “Os ramos em que mulheres ganham mais enquanto produtos que os homens são
        todos vinculados à imagem e moda / um setor “tradicionalmente”
        considerado feminino.”

        E qual o problema disso? Não entendi foi nada. Ramos atrelados a imagem são naturalmente brutais, tanto para homens quanto para mulheres. Os homens exercem as funções mais insalubres da sociedade, morrem antes e têm atividade laboral mais intensa.

        “Luluzinah e bolinha na base cultural global?…é preciso questionar sim… ”

        E vocês fazem outra coisa? Que tal se fossem mais produtivos. Escreva seus códigos de computador, projete casas e prédios. Just do it!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

Seja Membro do Congresso em Foco

Apoie