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Em São Paulo, acusados de violência doméstica recebem curso de culinária

21.08.2015 15:58 0

Reportagem
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Trinta homens que respondem a inquérito ou processo sobre violência contra mulheres em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo, participam de um curso que incentiva a reflexão sobre a luta feminina na sociedade. Como parte do curso, os acusados recebem, por parte do Judiciário local, desde informações sobre as consequências penais da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340) até noções de culinária, higiene de cozinha e estímulo à divisão das tarefas domésticas. A ideia é que os acusados tenham conhecimento sobre as dificuldades da administração de um ambiente doméstico.

A iniciativa é do curso “Tempo de Despertar”, cujo objetivo é prevenir agressões no ambiente doméstico. Ele foi criado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e é desenvolvido pelo Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Taboão da Serra.

“Os participantes mostram que estão gostando do curso. Interagem, fazem perguntas, muito interessados em conhecer as consequências da violência doméstica. Quanto às noções de culinária, o objetivo é permitir que eles possam se colocar no lugar das mulheres e saber como é difícil administrar uma casa, ir para a cozinha, lavar louça, higienizar alimentos, ou seja, valorizar o papel da mulher e também começar a aprender a dividir tarefas”, afirmou a promotora de Justiça Maria Gabriela Prado Mansur, idealizadora do projeto e coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Grande São Paulo II.

Durante o curso, são realizadas palestras com temas como “Evolução Histórica sobre as Conquistas e Direitos das Mulheres, História da Maria da Penha e da necessidade de uma Lei para as mulheres”; “Violência contra a Mulher, Ciclo da Violência, Crimes previstos na lei e Responsabilização” e “Igualdade e Respeito das Diversidades, Discussão sobre Gênero, Machismo e Masculinidade, Papel atual do homem e mulher na sociedade”.

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Também são trabalhadas temáticas como “Igualdade e Respeito das Diversidades, Discussão sobre Gênero, Machismo e Masculinidade, Papel atual do homem e mulher na sociedade”; além de “Álcool, Droga, controle da ansiedade e impulsividade”.

Essa é a segunda edição do curso, segundo a promotora de Justiça. Ela afirmou que o trabalho é uma homenagem aos nove anos de vigência da Lei Maria da Penha. Estão previstas oito aulas a serem ministradas em prédios cedidos pela Prefeitura de Taboão da Serra, com agenda definida até dia 27 de outubro. Na primeira edição, entre setembro e novembro do ano passado, 23 homens concluíram as atividades. Segundo a coordenação do projeto, nenhum deles voltou a ser acusado por desrespeito à Lei Maria da Penha.

Com informações do CNJ

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