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Janot e Raquel Dodge: em lados opostos na PGR

Janot organizou esquema de escutas clandestinas na PGR, diz revista

13.10.2017 21:46 0

Reportagem Em
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[fotografo]Antônio Cruz/Agência Brasil[/fotografo]

Rodrigo Janot e Raquel Dodge: em lados opostos na PGR

 

Reportagem da revista IstoÉ deste fim de semana diz que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot idealizou, mesmo antes de assumir o mais alto cargo do Ministério Público Federal (MPF), um esquema de escutas clandestinas na Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a publicação, Janot solicitou a aquisição de modernos equipamentos de escuta telefônica quando ainda era subprocurador e secretário-geral da PGR, entre 2003 e 2005, e aperfeiçoou o esquema quando assumiu a chefia do MP.

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Segundo a revista, Janot, ao assumir a cadeira de chefe do MPF em 2013, aproveitou as habilidades do procurador Lauro Pinto Cardoso Neto, que fazia parte da equipe de seu antecessor Roberto Gurgel, para que ele comandasse a chamada “grampolândia”. Além das informações que já tinha acumulado, Cardoso Neto foi oficial do Exército e foi apontado como colaborador do Centro de Inteligência do Exército (CIE), investigando opositores durante a ditadura militar. Cardoso Neto convenceu Janot a pedir que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Distrito Federal cedesse 15 de seus policiais sob a justificativa de que eles seriam responsáveis por cursos de capacitação para os agentes de segurança do MPF, mas que faziam parte da operação ilegal.

Ainda de acordo com a reportagem, Janot e Neto usaram “métodos obscuros” para grampear clandestinamente seus adversários na PGR, entre eles a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o subprocurador Antonio Augusto Brandão de Aras. Ao desconfiar que estava sendo grampeado, o subprocurador teria comprado um equipamento de detecção de escutas e comentou que o guardaria em sua gaveta, de onde o aparelho acabou sumindo.

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Raquel também suspeitou que estivesse sendo espionada após uma luminária despencar do teto de seu gabinete, em novembro de 2014. Na ocasião, ela notou digitais em objetos da estante e no teto da copa e encaminhou um ofício a Janot, pedindo uma investigação de invasão. As apurações só começaram no dia 21 e contaram com uma “varredura capenga”, por não ter coletado provas.

Aras também desconfia que continua sendo monitorado pelo grupo de Janot, mesmo após a saída dele da chefia do MPF. Ele relatou à revista que conversou com colegas sobre uma reportagem que falava da PGR e, em seguida, recebeu um telefonema de Eduardo Pelella, ex-chefe de gabinete de Janot, como se ele tivesse conhecimento da conversa de Aras. Pelella afirmou que ligava para avisar que havia trocado de número. “Bem, eu nunca tive o número dele. Nem tampouco ele teve o meu. Foi muita coincidência ou uma intimidação?”, disse o procurador à revista.

Leia a íntegra da reportagem

 

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