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Economia acumula perdas superiores a R$ 10 bilhões com protestos dos caminhoneiros

27.05.2018 09:38 0

Reportagem
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[fotografo]Tânia Rêgo/ABr[/fotografo]

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o número vai crescer quando for possível mensurar os estragos com mais precisão

Os bloqueios de caminhoneiros nas rodovias que paralisaram o escoamento da produção em todo o país já provocaram perdas de pelo menos R$ 10,2 bilhões, segundo as primeiras estimativas de diferentes setores. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o número – quase o dobro dos R$ 5 bilhões que o governo usará para cobrir a perda que a Petrobras terá por reduzir o preço do diesel e suspender os reajustes diários – vai crescer quando for possível mensurar os estragos com mais precisão.

Segundo a Folha, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) estima que 40% das atividades do setor tenham sido atingidas, comprometendo negócios de R$ 2,4 bilhões. Na indústria de frangos e suínos, as perdas chegam a R$ 1,8 bilhão em cinco dias, conforme projeções do setor. Calcula-se que mais de 50 milhões de aves morreram nesses dias de paralisações.

No caso das carnes bovinas, estima-se que cerca de R$ 620 milhões deixaram de ser embarcados para exportações. Só a JBS, destaca a Folha, paralisou unidades em cinco estados. Sem receber insumos e animais para o abate, além da falta de caminhões para escoar a produção acabada, a BRF também suspendeu parte das atividades.

Pelos cálculos da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), R$ 1,1 bilhão foram perdidos com a produção de leite em cinco dias de protestos. A indústria de remédios soma R$ 1 bilhão em perdas e a automotiva, R$ 1,3 bilhão. O cálculo envolve apenas o que deixou de ser arrecadado em tributos e não inclui o faturamento das montadoras.

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O levantamento do jornal inclui outros setores dependentes de fretes, como o comércio eletrônico e o de café. Fábricas de vestuário e têxteis sofrem com a escassez de insumos e funcionários e estimam prejuízo de R$ 1,2 bilhão no faturamento do setor, excluindo impostos, em cinco dias.

Para André Rebelo, assessor de assuntos estratégicos da presidência da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), o prejuízo concreto jamais será medido. “São diferentes efeitos, fica difícil estimar. Quantas pessoas pagaram menos bilhetes de ônibus em São Paulo? Não sabemos. Alguns empresários pararam uma linha de produção, outros pararam tudo, outros dispensaram pessoal.”

<< Veja a reportagem da Folha de S.Paulo

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