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Senadores receberam simbolicamente as assinaturas virtuais coletadas na Avaaz

Senadores querem definição do STF contra Renan

20.02.2013 14:30 16

Reportagem
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[fotografo]Mário Coelho/Congresso em Foco[/fotografo]

Senadores receberam simbolicamente as assinaturas virtuais coletadas na Avaaz

Um grupo formado por senadores da oposição e independentes quer rapidez na análise do inquérito contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Supremo Tribunal Federal (STF) no caso dos bois de Alagoas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (20), após uma série de entidades entregar, de forma simbólica, as 1,6 milhão de assinaturas virtuais pedindo a saída do peemedebista do cargo.

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“O mínimo que a gente pode fazer é reverberar na tribuna do Senado o clamor da população”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), um dos sete parlamentares que participaram da entrega simbólica, organizada pela rede Avaaz e apoiada por uma série de entidades. Também participaram os senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Taques (PDT-MT), João Capiberibe (PSB-AP) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), além do deputado Chico Alencar (Psol-RJ).

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1,5 milhão assinam petição contra Renan Calheiros

Durante o encontro com representantes das entidades e dos organizadores da petição on line, Cristovam ressaltou que o abaixo assinado pode até não ter valor legal, mas o Senado não pode dar as costas para o clamor das 1,6 milhão de assinaturas. “Se o Senado fechar os olhos para essas caixas, é bem capaz de surgir uma nova representação pedindo a renúncia de todos nós senadores”, disse o pedetista.

Os parlamentares, por enquanto, não vão levar a questão ao Conselho de Ética ou à Corregedoria da Casa. A ideia é pressionar publicamente pela tribuna do Senado e fazer com que outros colegas se manifestam. Enquanto isso, esperam que o ministro Ricardo Lewandowski, relator do inquérito dos bois de Alagoas, leve o caso para o plenário da mais alta corte do país.

Uma semana antes da escolha de Renan, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou denúncia contra o peemedebista no STF. Renan é acusado de ter cometido três crimes: peculato (desvio de dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica e uso de documento falso. Não existe prazo para o inquérito entrar na pauta do Supremo.

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As denúncias contra Renan Calheiros

Caixas vazias

Um grupo formado por aproxidamente 20 pessoas foi responsável por trazer as assinaturas virtuais aos senadores de oposição e independentes. A petição on line foi criada pelo representante comercial Emiliano Magalhães Neto no mesmo dia da eleição de Renan. “A gente não pode ser representado por um cidadão que não é idôneo. Somos chamados de palhaços colocando um senador como presidente um senador como Renan Calheiros na presidência”, afirmou.

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Além de Magalhães, também participaram da reunião Pedro Abramovay, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e diretor de campanhas do Avaaz, site responsável pela coleta das assinaturas, Antônio Carlos Costa, da ong Rio de Paz, Marcelo Medeiros, do Movimento 31 de Julho, e outras pessoas. “O que fez Renan cair em 2007 foi a pressão pública. A pressão política pode fazer isso acontecer de novo”, disse Abramovay.

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[fotografo]Mário Coelho/Congresso em Foco[/fotografo]

Antes de entregar as assinaturas, grupo protestou na frente do Congresso

A concentração do grupo começou às 10h no gramado em frente ao Congresso. Munidos de faixas e vassouras, começaram um protesto silencioso contra Renan. Depois, ao entrar no Senado, não puderam levar um banner com a inscrição: “1,6 milhão dizem fora Renan! Será que o Senado vai ouvir”. Também não puderam entrar com vassouras e bandeiras, que ficaram do lado de fora. Entraram, então, com caixas de papelão vazias para simbolizar a entrega de assinaturas.

 

Depois do encontro com os senadores, as entidades seguiram para o STF. Eles vão protocolar uma petição pedindo pressa na análise do inquérito pelo ministro Ricardo Lewandowski. Ainda hoje vão conversar com o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Furtado, e sugerir a elaboração de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra o voto secreto no Senado.

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