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As preciosas dicas de um concurseiro bem-sucedido

16.03.2013 07:30 2
Atualizado em 18.03.2013 10:04

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Falta apenas uma semana para o concurso do TJDF. Nada melhor, agora, para quem sonha com a aprovação, do que conhecer o caso de um concurseiro de sucesso – e bota sucesso nisso! Nosso colega tem preciosas dicas a oferecer, baseadas em sua experiência pessoal.

Estou falando de Pedro Felipe de Oliveira Santos, piauiense de 25 anos aprovado num dos mais difíceis concursos do país, o de juiz federal. Quando ele tomou posse no cargo, tornou-se o mais jovem membro dessa carreira da magistratura brasileira. Como se não bastasse, o agora magistrado coleciona inúmeras aprovações em concursos públicos. Esta foi apenas a última de suas façanhas.

Naturalmente, ele é O CARA, um gênio que não aparece a toda hora, não é isso que estão pensando? Pois vocês estão enganados, caros amigos, leitores e concurseiros, certamente ansiosos por conhecer mais detalhes dessa história e tirar pelo menos uma casquinha do sucesso dele.

[fotografo]Roberta Rocha/Acesse Piauí[/fotografo]

“Não sou superdotado. Todos os resultados que obtive são fruto da determinação e de muito esforço”, diz o juiz federal de 25 anos

“Não sou superdotado. Todos os resultados que obtive são fruto da determinação e de muito esforço.”  É isso aí. Simples assim! Uma receita de sucesso que qualquer um pode seguir, desde que alie força de vontade e capacidade de superação das dificuldades para alcançar o tão desejado cargo público. É o que venho pregando em meus artigos. E é o que sempre ensinei em minhas aulas de direito administrativo, que, tenho a certeza, já levaram milhares de concurseiros a se tornarem servidores nas mais diversas carreiras do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

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Mas retomemos a história do Dr. Pedro Santos. Como eu disse, antes de se tornar juiz federal, ele passou em muitos outros concursos. Foi aprovado para os cargos de procurador de Alagoas, de defensor público do Piauí (primeiro lugar), de defensor público de Alagoas e de defensor público da União (primeiro lugar). Adivinhem qual foi sua classificação no concurso que o tornou juiz? Ponto para quem chutou primeiro lugar. E há um detalhe a mais que é realmente impressionante: tudo isso que relatei aconteceu nos últimos cinco anos.

Dito isso, agora é o momento de algumas dicas do Dr. Pedro, para alegria dos concurseiros que me leem. Palavras de Sua Excelência: “Desde cedo, comecei a fazer muitas provas. Inscrever-se em concursos públicos e resolver questões é um excelente termômetro para detectar quais os pontos a melhorar e as disciplinas que demandam mais tempo de estudo.”

Repito: simples assim! Nada mais, nada menos do que aquilo que estou cansado de falar, de escrever, de ensinar a vocês! Desculpem, me empolguei. Não estou cansado, não. Nunca vou me cansar de bater nessa tecla. Ao contrário, vou continuar insistindo, agora com a ilustre companhia do piauiense Pedro Santos para me ajudar: ele foi o primeiro colocado entre 54 aprovados num concurso que tinha 8.374 inscritos e, sem exagero, exige um conhecimento verdadeiramente enciclopédico do direito. Como estudar para um concurso desses, ou para qualquer concurso que tenha um programa abrangente e diversificado como o do TJDF, por exemplo? Pedro Santos sabe e revela:

“A aprovação em qualquer concurso público consiste em projeto de longo prazo, desde o momento inicial da preparação até a realização das provas. Para o concurso da magistratura, assim como a maioria dos candidatos, tive que conciliar trabalho e estudo, o que não foi nada fácil. Mantinha uma rotina média de sete horas diárias de estudos. Tentava gozar as minhas férias nas datas próximas às provas, período em que intensificava as leituras, alcançando jornadas de até 14 horas.”

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Vocês querem passar no TJDF? Então é preciso ousar. “Abandone a zona de conforto”, aconselha Pedro Santos. A metodologia do jovem juiz para a prova objetiva sempre privilegiou a resolução de exercícios e a análise de provas de certames anteriores, práticas combinadas com o estudo de doutrina e de jurisprudência. “Somente a prática exaustiva consolida em nossa mente o conhecimento obtido nas leituras”, ensina. Diariamente, Pedro destinava boa parte do tempo de estudos para responder questões. Posteriormente, conferia as respostas e analisava, item por item, os seus erros e acertos, elencando pontos de conteúdo que exigiam mais aprofundamento.

Para a fase subjetiva, com questões de análise e sentenças, ele fez um estudo específico da banca examinadora, a fim de detectar seus posicionamentos e os temas de maior predileção. Para a prova oral, aprofundou a revisão dos temas do edital e realizou várias simulações com outros colegas candidatos.

Cabe, aqui, um alerta: cada pessoa deve encontrar o seu método ideal de preparação. O dele deu certo. Por que o seu não daria, meu amigo concurseiro e leitor? É claro que dará, se você levar o estudo a sério.  A explicação de Pedro para tantas aprovações em um curto espaço de tempo é simples: solução de inúmeras provas. Ele conta que desde o início dos estudos começou a participar de concursos. Entre as vantagens do método, segundo ele, “perde-se paulatinamente o ‘medo’ de fazer provas, o que deixará o candidato mais tranquilo no tão esperado dia do teste”.

Concordo e assino embaixo. Assim como também estou de acordo com a opinião dele de que é preciso ousar e abandonar a zona de conforto, porque “o candidato jamais se sentirá integralmente preparado. O conteúdo é vasto. Estuda-se direito constitucional, esquecem-se alguns detalhes do direito administrativo; volta-se para administrativo e esquecem-se outros temas essenciais de penal, e assim por diante. Nunca me senti 100% em nenhuma prova. Não tenho dúvidas de que isso seria humanamente impossível. A meta do concurseiro não é gabaritar a prova, mas simplesmente alcançar um conhecimento geral das disciplinas e obter uma boa soma de pontos, que garanta a aprovação. Não devemos ter medo de ‘dar a cara a tapa’. É preciso perder o receio da reprovação, de ser zoado pelos colegas, de decepcionar os familiares ou a si.”

Perfeito. É exatamente o que pensa o locutor que vos fala. Ou melhor, o redator que lhes escreve. Agora, para terminar esta preciosa aula de como passar em concurso público por quem fala do alto de cinco aprovações, um detalhe fantástico: de início, esse método só deu errado. É o hoje juiz Pedro Santos quem conta, e dá mais um conselho, voltado sobretudo para quem está estudando há muito tempo e ainda não conseguiu passar em nenhum certame:

“Não tenho constrangimento em declarar que, para alcançar suadas aprovações, vivenciei tristes reprovações. Hoje não tenho dúvidas de quanto as derrotas me ajudaram a crescer. Não apenas por terem tornado mais saborosa a vitória, mas porque me auxiliaram a obter diagnósticos precisos dos rumos que eu deveria dar aos meus estudos. Do ponto de vista emocional, cada reprovação demanda uma virada de página e a obtenção de forças para seguir adiante. Desistir, nunca! É preciso aprender a analisar fria e objetivamente cada derrota, detectando os erros, os conteúdos que demandam mais atenção e as necessárias mudanças de enfoque.”

Eu poderia parar por aqui, mas ainda tenho um recado final de Pedro Santos aos concurseiros: “Não me recordo de quantos concursos participei ao todo. E parte justamente dessa constatação a melhor contribuição que posso oferecer aos concurseiros: não há momento ideal para começar a se inscrever.”

Se você ainda não passou, mas está convencido de que a sua vez vai chegar, continue estudando, como Pedro fez após cada reprovação. Continue estudando ainda com mais empenho, mais determinação. Não deixe que uma batalha perdida decrete a derrota na guerra. E tenha sempre em mente o exemplo do juiz federal mais jovem do Brasil. Hoje, ele é o dono de um cobiçado cargo público, o que você também poderá conseguir em breve. Tudo depende apenas, exclusivamente, do seu esforço pessoal. Só assim chegará a sua vez de comemorar a conquista do seu feliz cargo novo.

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