Publicidade

Ideia é evitar que discussões sobre a preservação da Amazônia afetem a exportação dos produtos brasileiros

Tereza Cristina, Maia e bancada ruralista vão à Europa tentar evitar retaliações comerciais

23.08.2019 14:00 16

Reportagem Em
Publicidade

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina; o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); e o presidente da bancada ruralista, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), vão fazer uma viagem à Europa no próximo mês para discutir a política ambiental e a produção agropecuária brasileira. A comitiva quer passar em pelo menos cinco parlamentos europeus para mostrar que o agronegócio não é o responsável pelo aumento das queimadas na Amazônia e, assim, evitar bloqueios comerciais aos produtos brasileiros.

> França e Irlanda ameaçam bloquear acordo Mercosul UE por causa de meio ambiente

A viagem foi acertada entre uma reunião entre Tereza Cristina, Maia e a bancada ruralista e vai começar na Inglaterra, mas também pretende passar pela Alemanha, França, Itália e Espanha – os países mais importantes para o agronegócio brasileiro na Europa, segundo o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. “É onde temos que trabalhar a compreensão e a opinião pública em relação ao Brasil”, explicou Moreira.

Ele disse ainda que a reunião na embaixada da Grã-Bretanha já está agendada. “Foi acertada antes desse episódio ambiental para discutirmos com o Reino Unido quais acordos comerciais eles vão querer manter com o Brasil depois da saída da comunidade europeia. Mas, diante de toda essa questão ambiental, resolvemos levar todas as fundamentações de natureza científica em relação à preservação ambiental e sustentabilidade”, contou Moreira, dizendo que caberá ao presidente da Câmara marcar as reuniões nos parlamentos dos demais países europeus.

Publicidade

Rodrigo Maia deve contar com a ajuda do Itamaraty nessa missão e adiantou, nessa quinta-feira (22), que vai aproveitar a viagem para mostrar à Europa que o Congresso brasileiro está preocupado com a preservação da Amazônia e não tem o interesse de aprovar leis que flexibilizem a preservação ambiental. “Nós temos que lutar para mostrar uma imagem de absoluta responsabilidade e preservação”, concordou Moreira.

Em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco, Alceu Moreira, contudo, minimizou o problema da Amazônia. Ele disse que as queimadas sempre existiram na região e que as declarações da França têm mais relação com interesses de mercado do que com a preocupação ambiental.

O deputado prometeu, então, apresentar dados que comprovem esse cenário na Europa. “Já temos textos claros e traduzidos para deixar nas embaixadas e também vamos mostrar que não há legislação que facilita isso”, disse Moreira, que concorda com a política do governo Bolsonaro para a região, mas admite que é preciso lutar contra o desmatamento na Amazônia e, assim, garantir a sustentabilidade do agronegócio no mercado internacional.

> França defende Amazônia por interesses de mercado, diz bancada ruralista

Publicidade
Publicidade

16 respostas para “Tereza Cristina, Maia e bancada ruralista vão à Europa tentar evitar retaliações comerciais”

  1. Reginaldo Lucia disse:

    In the Amazon rainforest, fire season has arrived. The Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) on NASA’s Aqua satellite captured these images of several fires burning in the states of Rondônia, Amazonas, Pará, and Mato Grosso on August 11 and August 13, 2019.

    In the Amazon region, fires are rare for much of the year because wet weather prevents them from starting and spreading. However, in July and August, activity typically increases due to the arrival of the dry season. Many people use fire to maintain farmland and pastures or to clear land for other purposes. Typically, activity peaks in early September and mostly stops by November.

    As of August 16, 2019, an analysis of NASA satellite data indicated that total fire activity across the Amazon basin this year has been close to the average in comparison to the past 15 years. (The Amazon spreads across Brazil, Peru, Colombia, and parts of other countries.) Though activity appears to be above average in the states of Amazonas and Rondônia, it has so far appeared below average in Mato Grosso and Pará, according to estimates from the Global Fire Emissions Database, a research project that compiles and analyzes NASA data. (Note that while the chart label says 2016, the 2019 data is listed on all of the plots as a green line. Roll your cursor over the green 2019 block below the plot to isolate the 2019 numbers.)

    NASA Earth Observatory images by Lauren Dauphin, using MODIS data from NASA EOSDIS/LANCE and GIBS/Worldview and VIIRS data from NASA EOSDIS/LANCE and GIBS/Worldview, and the Suomi National Polar-orbiting Partnership. Caption by Adam Voiland.

  2. José José disse:

    Levem o presidente Bolsonaro e o ministro do meio ambiente, ah levem também o deputado presidente da comissão de relações internacionais junto. Boa sorte!!!

  3. Edison Sampaio disse:

    Isso é o se pode chamar de “correr atrás do prejuízo”! Acredito q todo esse “auê” foi ocasionado pela pessima comunicação do governo Bolsonaro, e a partir dele, q não tem compostura, ou seja, preparo para o exercicio do cargo. Tivesse mais diplomacia, muito dessa situação não ocorreria.
    Bem, agora a desgraça já está posta e o q resta é remendar o mal feito, mostrando para os “donos do mundo” q a coisa não é bem assim; q há um grande exagero e q, enfim, há interesses de mercado enfiando a colher suja no prato de sopa. Enquanto o remedio não vem, já se sofre as conseqüências.
    Torçamos para q, após essa balbúrdia, haja uma reunião ministerial para realinhar condutas.

  4. IJJ disse:

    O Agro é tudo: O AGRO é BALA, o O AGRO é MORTE, O AGRO é INCÊNDIO DE FLORESTAS, O AGRO é ROUBO DE TERRAS/GRILAGEM, O AGRO é VENENO, O AGRO é MORTE.

  5. Felix disse:

    O agronegócio só será salvo com a mudança de atitude do bolsonaro e a demissão do antiministro do meio ambiente ricardo salles. Está mais do que na hora de colocar o general Mourão em campo, ele sabe dar conta de uma situação assim.

  6. É DEMAIS QUEREM CULPAR O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO POR CAUSA DAS QUEIMADAS NA AMAZÔNIA.
    O programa Roda Viva da TV Cultura passou a maioria do programa detonando o presidente Jair Bolsonaro por causa das queimadas da Amazônia. Essa TV Cultura é uma das TVs que está odiando o presidente Jair Bolsonaro por ela ter perdido as mamatas que ela tinha, no programa anterior ela entrevistou o Alexandre Frota e foi só sobre expulsão dele no partido PSL que é o mesmo do presidente Jair Bolsonaro, ele passou a entrevista toda detonando o presidente Jair Bolsonaro. É interessante até das queimadas na Amazônia estão querendo culpar o presidente Jair Bolsonaro, e olha que ele não tem nem um ano de governo, agora imagine quando ele tiver mais de um ano de governo, vão dizer que ele é o culpado da pobreza do Brasil e não dos quatorze anos dos governos comunista do PT. O governador de Mato Grosso falou que há 40 anos que ele chegou no Mato Grosso e este desmatamento já existia. Nunca a imprensa suja deu importância para o desmatamento, porque agora que o presidente Jair Bolsonaro está indo em cima dessas ONGs que estão interessadas só nos nossos minerais, dentre eles o mais valioso, que o Nióbio, que na Amazônia tem mais 90% do Nióbio mundial. Aí estão culpando ele das queimadas da Floresta Amazônia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

Seja Membro do Congresso em Foco

Apoie