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A última tentativa de contato por parte de Barroso ocorreu em dezembro. Ele enviou um ofício ao diretor executivo do Telegram, Pavel Dorov, no qual pedia uma reunião para discutir cooperação no combate às fake news durante as eleições deste ano. Não houve resposta. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Barroso é sorteado para analisar ação de Bolsonaro contra lockdown

28.05.2021 18:46 0

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O ministro do Supremo Luís Roberto Barroso será o relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo presidente Jair Bolsonaro contra as medidas de lockdown editadas por estados brasileiros. A escolha dele foi definida por sorteio, nesta sexta (28).

No processo, Bolsonaro pede que sejam anulados os decretos emitidos pelos estados do Paraná, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte que intensificaram medidas restritivas de circulação para conter o avanço da Covid. O presidente é representado, na Adin, pela Advocacia-Geral da União (AGU) e assina o documento o advogado-geral da União, André Mendonça.

O histórico de decisões do ministro Barroso, no entanto, não se mostra favorável ao governo Bolsonaro. Em abril deste ano, o ministro decidiu pela instauração da CPI da Covid no Senado, um dos movimentos mais temidos pela ala governista. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) havia ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com um mandado de segurança para garantir a abertura das investigações, após movimentos do governo no sentido de barrar a CPI.

Bolsonaro repete discurso de restrinção de direitos

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A argumentação usada pelo presidente Jair Bolsonaro para ingressar na Suprema Corte contra os estados é de que as medidas violam os “princípios democrático, do Estado de Direito, da legalidade e da proporcionalidade, bem como por afronta aos direitos fundamentais ao trabalho, à livre iniciativa e à subsistência”.

Esta não é a primeira vez, no entanto, que o presidente usa um argumento do tipo. Desde o ano passado Bolsonaro tem atacado estratégias de combate à pandemia como o lockdown ou mesmo o uso de máscaras. Já em maio deste ano ele chegou a ameaçar emitir um decreto para desfazer as ações dos governos estaduais.

Enquanto isso o Brasil ultrapassa a marca de 450 mil mortos pela Covid-19. Até o momento, cerca de 20% da população foi vacinada em uma campanha que iniciou somente em fevereiro, após diversas inconstâncias do Ministério da Saúde sobre datas e previsões. Entre os pontos analisados pela CPI da Covid, inclusive, está o fato de o governo ter recusado ofertas de farmacêuticas como a Pfizer que permitiram ao país ter começado esta mesma campanha ainda em 2020.

> Bolsonaro vai ao STF contra lockdown em três estados

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