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A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, em discurso no Parlamento Europeu, em Bruxelas[fotografo]Parlamento Europeu[/fotografo]

Desconfiança com governo Bolsonaro trava acordo com Mercosul, diz embaixador da União Europeia

12.12.2020 10:30 33

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Costurado há mais de 20 anos, o acordo entre a União Europeia e o Mercosul está emperrado e ameaçado por causa da política ambiental do governo Bolsonaro. É o que aponta o embaixador da União Europeia no Brasil, o espanhol Ignacio Ybáñez Rubio, em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco. Para que as negociações avancem, adverte o diplomata, será preciso que a Europa retome a confiança no Brasil, o que exigirá do país a redução dos indicadores de desmatamento ilegal e a reformulação de sua política socioambiental, abrangendo também a proteção dos povos indígenas. “A desconfiança existe”, frisa. Veja trecho da entrevista em vídeo:

Segundo Ybáñez, o acordo só será ratificado se houver alinhamento entre valores e aspirações entre os países-membros dos dois blocos.

“Já levamos certo tempo comunicando ao governo brasileiro a nossa preocupação a respeito. De alguma forma, o comissário Dombrovskis já anunciou nos parlamento [europeu] que, até que não restabeleçamos a confiança deste ponto de vista com o governo brasileiro, vai ser muito difícil de seguir adiante, primeiro com a assinatura e depois a ratificação”, afirmou o embaixador, que está desde o ano passado no Brasil com a missão de acertar com o governo brasileiro as condições para o fechamento do acordo. Valdis Dombrovskis, da Letônia, é o comissário de Comércio da Comissão Europeia e peça-chave nas negociações da parceria comercial.

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Mapa com os 28 países da União Europeia

A entrevista foi concedida pelo diplomata espanhol ao Congresso em Foco sob o calor  da divulgação dos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que indicam que o desmatamento ilegal na Amazônia cresceu 9,5% em um ano, o maior desde 2008. Um indicativo que, na visão do embaixador europeu, as medidas adotadas pelo governo brasileiro são insuficientes e que a desconfiança do bloco em relação ao Brasil não está próxima de acabar. “Não vamos ter mudança do dia para a noite, somos conscientes disso. Mas se continuar a aumentar o desmatamento fica claro que as medidas adotadas são insuficientes”, afirmou.

O capítulo de comércio e desenvolvimento sustentável é considerado fundamental para a celebração do acordo entre União Europeia e Mercosul. Os europeus cobram do Brasil a apresentação de compromissos políticos e de dados que mostrem que o país está na rota do desenvolvimento sustentável, uma das premissas para a formação do maior acordo de blocos do mundo.

Para o embaixador europeu, o Brasil começou a dar um passo à frente a partir do momento em que o vice-presidente Hamilton Mourão admitiu que a situação na Amazônia é preocupante e que o Estado nunca se fez presente na região, a não ser com a presença de militares. Reconhecer o problema, na visão do diplomata, é o primeiro passo para enfrentá-lo. Com discurso oposto ao do seu vice, o presidente Jair Bolsonaro nega as devastações ilegais e culpa ONGs e governos estrangeiros de quererem roubar as riquezas da região com as críticas que fazem ao desmatamento crescente.

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Brasil registrou este ano crescimento de 9,5% no desmatamento ilegal na Amazônia. Foto: Ibama

Presidente do Conselho da Amazônia, Mourão é o principal interlocutor do governo brasileiro com a Europa. Ybáñez deixa claro que a interlocução da União Europeia é com o vice-presidente e que não se ente atingida com as declarações de Bolsonaro – voltadas, segundo ele, apenas para sua “paróquia”.

“Acho que as declarações dos políticos, sejam brasileiros ou europeus, são mensagens mais para sua própria paróquia, para os votantes de seu país. Nós não votamos no Brasil. Acho que não são mensagens dirigidas a nós”, diz. O diplomata conta que, ao apresentar suas credenciais de embaixador da União Europeia a Bolsonaro, ouviu do presidente que o Brasil estava disposto a cumprir os compromissos para que a parceria pudesse ser efetivada.

Foto do Parlamento europeu. [fotografo] Parlamento Europeu/Flickr [/fotografo]

Para o Parlamento Europeu, ainda não há condições para acordo ser fechado. Foto: Flickr

Ybáñez também é enfático ao dizer que não há chance de o acordo entre União Europeia e o Mercosul ser revisto para facilitar o cumprimento das metas e acelerar a conclusão do processo. “Ao contrário, se pensarmos nessa desconfiança, nessa falta de confiança que existe na Europa a respeito do desempenho do governo brasileiro, seria bom encontrar compromisso político que possa ser apresentado na Europa sobre esses compromissos”, defende o diplomata. “É muito bom o acordo, não é preciso reabri-lo. Queremos que ele fique no estado em que está. Acreditamos nele”.

O embaixador ressalta que os governos europeus também terão de fazer sua parte para ajudar o Brasil. As propostas, segundo ele, ainda estão em estudo e devem levar em conta as demandas do governo brasileiro e de entidades da sociedade civil. “Temos do lado europeu que apresentar algumas ideias, é um pedido do vice-presidente Mourão. Estamos trabalhando nessa direção, mirando as preocupações expressadas pela sociedade civil brasileira, pelos centros de pesquisas e pelo esforço do governo brasileiro”, afirma.

Bolsonaro entre líderes de países da União Europeia e do Mercosul em coletiva sobre o acordo comercial entre os blocos. Foto: Alan Santos/PR

O diplomata entende que não há como arriscar uma data para a conclusão do acordo. No início do ano, havia a expectativa de que o desfecho ocorresse até 31 de dezembro, quando a Alemanha deixa a presidência rotativa do conselho. Pelo rodízio semestral entre os países, Portugal comandará o colegiado entre janeiro e junho de 2021. “Uma vez que essa confiança [no Brasil] seja restabelecida, podemos iniciar o processo, primeiro, de assinatura e, depois, de ratificação”, explica. Só depois da ratificação é que o acordo será submetido à avaliação dos conselhos dos países-membros, onde também provocará .

Ignacio Ybáñez acredita que outros aspectos considerados fundamentais para o acordo, como o compromisso com os direitos humanos e a democracia, estão em discussão mais consolidada com o Brasil e, por isso, preocupam menos. Um ponto em especial, porém, ainda causa apreensão e perpassa os direitos humanos e a questão ambiental: a situação dos povos indígenas brasileiros. Para a União Europeia, o governo Bolsonaro precisa lançar um olhar mais profundo sobre o impacto das explorações ilegais em terras indígenas e, ao mesmo, melhorar as condições de vida dessas comunidades.

Ybáñez e o secretário-geral do Itamaraty, Otávio Brandelli. Foto: Dammer Martins/MRE

O embaixador acredita que, com a saída de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos, fonte de inspiração do presidente Jair Bolsonaro, a América Latina receberá maior atenção do governo Joe Biden. “É uma boa notícia para a Europa e para a América Latina”, considera. Ele lembra que Biden conhece de perto a realidade e líderes das duas regiões, o que deve facilitar uma triangulação nas relações comerciais. Na avaliação dele, a relação entre Estados Unidos e China não deve mudar muito com a saída do republicano e a chegada do democrata, mas sofrer uma mudança de estilo.

A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Mercosul. A corrente comercial entre os dois blocos foi de quase R$ 100 bilhões em 2018. Juntos, União Europeia e Mercosul reúnem 25% do PIB e 750 milhões de pessoas.

O acordo começou a ser negociado em junho de 1999. As conversões foram interrompidas e só voltaram em 2013. O tratado entre os dois blocos foi firmado em 28 de junho de 2019. Mas só depois do cumprimento de compromissos assumidos entre as partes é que o acordo será assinado e ratificado. Caberá então aos respectivos parlamentos dos países-membros votarem pela parceria ou não.

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Além do aumento dos indicadores de desmatamento ilegal, outro sinal de que o Brasil ainda está longe de resgatar a confiança da UE está na exclusão do nome do presidente Jair Bolsonaro da lista de chefes de Estado e governo que participam neste fim de semana de uma cúpula do clima organizada pela Organização das Nações (ONU), França, Reino Unido, Itália e Chile. Os organizadores do evento decidiram abrir voz apenas àqueles líderes que estivessem em condições de apresentar metas ambiciosas. O governo brasileiro, no entanto, desapontou com a apresentação de seu plano para a redução das emissões de gases para 2060.

O evento faz parte da comemoração dos cinco anos de celebração do Acordo de Paris. O tratado, assinado em 12 de dezembro de 2015, prevê a redução da emissão de gases estufa a partir de 2020 para conter o aquecimento global abaixo de 2 ºC, preferencialmente em 1,5 ºC, e reforçar a capacidade dos países de responder ao desafio, com desenvolvimento sustentável.

Nesta semana Ybáñez coordenou a conferência Comércio e Desenvolvimento Sustentável, promovida pela Delegação da UE no Brasil com o objetivo de dialogar com diferentes atores brasileiros sobre o acompanhamento e a implementação do acordo. A videoconferência é desdobramento de uma série de workshops realizadas pela UE desde outubro com representantes de vários setores da economia. A intenção é dirimir dúvidas e apontar as vantagens para os dois blocos com o acordo.

Com formação original em economia, o diplomata espanhol foi o número dois do Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha, entre 2014 e 2017, no governo conservador de Mariano Rajoy (PP). Depois de representar seu país na Rússia, entre 2017 e 2018, ele desembarcou no Brasil em julho do ano passado com a missão de acompanhar as ações do governo brasileiro para o cumprimento do acordo entre Mercosul e UE.

* Edição de vídeo: Vinicius Souza e Marília Sena

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33 respostas para “Desconfiança com governo Bolsonaro trava acordo com Mercosul, diz embaixador da União Europeia”

  1. Edison Sampaio disse:

    É claro q há muitos interesses escusos nessa questão ambiental. Todavia, ninguém pode deixar de admitir a triste realidade do desmatamento irregular. Há décadas q isso ocorre. No tempo do Pixuleco na Presidência, o larápio-mor inventou um tal de loteamento da floresta sob a justificativa de q, com isso, haveria exploração sustentável, com certificação da madeira extraída, etc. Suspeito q o marreteiro-de-nove-dedos ganhou muuuito dinheiro com a derrubada da floresta. Bem, isso é fato, mas é muito ruim para o Brasil ficarmos agora discutindo q no tempo do Luladrão o desmatamento era maior ou menor. O desmatamento existe e urge combatê-lo. Outras discussões são pura tolice.

  2. Paulo Reinaldo Salomoni disse:

    Que absurdo! Inveja pura. Nosso querido prezidenti é gentil, trabalhador, empático (e não somente com as vítimas do Coronavírus, claro!), competente ao extremo, um líder nato… em suma, o verdadeiro e único mito do planeta! Parem de implicar com este ser perfeito, por favor/please!

  3. Valdir disse:

    “Nesta sexta-feira, 11, policiais federais, militares das Forças Armadas e agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fecharam, nove serrarias instaladas próximas à Terra Indígena do Alto Rio Guamá, no sudeste do Pará.
    Segundo a Polícia Federal (PF), os estabelecimentos funcionavam ilegalmente, a serviço de uma organização criminosa que vinha desmatando a região irregularmente.
    A madeira extraída era vendida para outros estados, sem documentação de procedência. E era escoada por meio de um porto clandestino construído de forma improvisada no Rio Gurupi – e que foi interditado.
    A Justiça Federal autorizou o cumprimento de 13 mandados de busca e 4 de prisão preventiva no âmbito da chamada Operação Flora Vindicta, que faz parte da Operação Verde Brasil 2, coordenada pelo Ministério da Defesa para prevenir e reprimir crimes ambientais na Amazônia Legal – região que no brasil compreende nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).
    Os mandados foram cumpridos em três cidades paraenses: Mãe do Rio, Capanema e Cachoeira do Piriá, onde funcionam oito das nove serrarias alvo da operação.
    Em nota, a PF esclareceu que, “se ao final da investigação for confirmada a hipótese criminal levantada no inquérito policial”, os implicados responderão pelos crimes de organização criminosa, receptação qualificada, falsidade ideológica e crime ambiental. Somadas, as penas podem chegar a 25 anos de prisão, além de multa.”
    FONTE: JCO – PF se une com as Forças Armadas em operação de defesa a Amazônia Legal – 12/12/2020 às 15:03h

    • Jorge Teixeira Carneiro disse:

      Nada do que o governo faz de bom é noticiado em mídia nenhuma, principalmente aqui na mídia Folha de São Paulo. Eles preferem noticiar o ataque da cobra sem cabeça, o caso do empreendedorismo sapatão e muito, mas muito assunto Felipe Neto.

      • Valdir disse:

        Eles estão caindo a cada dia.
        O UOL e um jornalista deles foram condenados a pagar indenização à deputada Bia Kicis.
        A CNN levou duas, uma atrás da outra. Primeiro foi o governador Caiado. Deu uma porr@d@ numa orelha da Monalisa Perrone e do Caio Junqueira ao vivo. No dia seguinte, também ao vivo, o novo ministro do turismo deu na outra orelha dos dois. Eles devem estar sem rumo até agora.

  4. Jose disse:

    Esse desgoverno de malucos, além de serem zero ma esquerda em termos de governabilidade, ainda prejudicam, tremendamente, os demais países integrantes do Mercosul . Eta turminha incompetente essa que foi colocada no comando do Estado Brasileiro, em Brasilia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  5. Valdir disse:

    Pelo trecho da entrevista aqui apresentado, nada de grave existe. O acordo está de pé, com alguns ajustes a serem feitos dos dois lados.
    Quando desenvolvemos um projeto, durante o processo fazemos os chamados “check points” para verificar o “status”. O que o entrevistado deixou bem claro é que existem “concerns” e não “issues”.
    Também deixou claro que a UE está com seu dever de casa quanto à questão levantada pelo Bolsonaro das importações de madeiras ilegais por empresas européias, e que a fala do Bolsonaro não foi recebida como um “ataque” (como a grande imprensa brasileira tenta impor).
    Quanto a questão do desmatamento, foi onde ele disse que eles têm entendimento da complexidade, devido ao tamanho da Amazônia, e dificuldade para o combate e entendem que não se resolve isso da noite para o dia.
    O governo brasileiro, como ele afirma, está trabalhando no sentido de atender a cláusula de desenvolvimento sustentável, e por isso eles não vêem razão para reabrir negociações, e que o acordo é bom para a UE.
    A matéria do “jornalista”, no entanto, pinça certas frases e tira do contexto, querendo dar a impressão de que o entrevistado “criminaliza veementemente” o Presidente Bolsonaro, quando na realidade, em momento algum ele o fez.
    Inclusive ele diz claramente que o problema do desmatamento é problema antigo.
    Enfim, tudo correndo normalmente, e dentro em breve o acordo será assinado e depois ratificado.
    Quem viver verá!

    • Jorge Teixeira Carneiro disse:

      Esse imbecil aí de baixo é repugnante. Perdeu a sua boquinha conseguida no falecido regime clepto-anarco-sindical. E fica postando as mesmas baboseiras sempre. A França é extremamente protecionista com a sua agricultura, que é improdutiva. Breve o seu governo eleito será de direita também, face aos problemas que a imigração desenfreada está causando ao povo. E quem vai eleger serão os jovens, que estão cada vez mais sem mercado de trabalho por causa da concorrência desleal dos imigrantes clandestinos.

      • Valdir disse:

        Eu nem sei quem é ele. É bloqueado por mim, portanto, nem recebo comunicado e nem vejo seus comentários, mas você o adjetivou bem, pois por certo é alguém que eu chamei um dia de “Imbecil Esférico” e bloqueei.
        IMBECIL ESFÉRICO – Ser que a gente gira, gira, gira, e para qualquer lado que a gente gira só encontramos imbecilidades!
        Muito bom seu comentário sobre a França.
        ?????

  6. Carlos disse:

    o desgoverno do BOÇAL repleto de corpos estranhos a suas funções, espelha o próprio, retrógrado, descrente da ciência, negacionista, terra planista, obtuso um pária internacional

  7. Henrique Martins disse:

    Quem for inocente que acredite nessa baboseira desse embaixador europeu.

    Se a Europa é tão preocupada com meio ambiente, pq eles fazem tantos negócios com China, Índia, Rússia e Arábia, os maiores poluidores do mundo?

    Por que a Europa derrubou 90% de suas florestas e agora vem dar lição de moral?

    Essa postura é unicamente protecionismo

  8. JORGE disse:

    É fácil resolver , deixemos de mandar navios carregados com minério de ferro para alimentar as indústrias deles que a frescura acaba .

  9. vladimir santiago disse:

    É claro que a UE vai travar. É o meio mais eficaz para o nosso “presidente” resolver agir na área ambiental, talvez até demitindo este criminoso ambiental que é ministro. Além dos empresários brasileiros, sofrerá pressão dos demais países do Mercosul, que não tem a política devastacionista do meio ambiente que o Bozo tem.

  10. Félix disse:

    Falta inteligência no atual governo. Isso é uma briga de interesses entre as nações envolvidas. Perder espaço no mercado europeu por causa desses pensamentos retrógrados é pura burrice!

  11. carlos santos disse:

    Que vergonha para o país! Esse presidente, beócio e negacionista, do Vale da Ribeira ja se tornou um pária internacional.

  12. TheDarkSideoftheMoon disse:

    Ninguém é santo nessa história e os governos brasileiros anteriores (todos, não apenas Lula e Dilma, mas também FHC) também foram incompetentes nesse sentido, em alguma medida.

    Agora, acho que ninguém em sã consciência discorda que o gov. Bolsonaro não apenas ignora a questão ambiental, como parece trabalhar ativamente para que o desmatamento, os incêndios, a grilagem de terras etc. aumentem vertiginosamente, essa é a grande diferença entre os governos anteriores e o atual: enquanto os anteriores foram incapazes de fornecer proteção sólida, o atual deliberadamente não quer promover essa proteção.

    O ministro do Meio Ambiente é um ser desprezível que demonstra possuir os interesses mais espúrios quanto à questão ambiental, vide o episódio do “passar a boiada” e tantos outros.

  13. Fabiano Hen Sch disse:

    Medo dos agricultores europeus! O Brasil tem os maiores percentuais de seu território protegido, e os europeus tem ?
    Fazem 20 anos, agora a culpa é do Bolsonaro!
    Essa esquerda hipócrita não para de passar vergonha!

  14. BR Pardes disse:

    Talvez ignorem, que , apesar das dificuldades, não estamos falando de um paizinho como a Espanha, Inglaterra ou qualquer outro Europeu, incluindo a França… lá desmatamentos ocorrem, incendios ocorrem e problemas sociais também, mas o tamanho, as dimensões do Brasil impõe novas regras e novos modelos de gestão…em todos os níveis. Comparar o Brasil em sua politica ambiental com os outros paises, seria uma covardia. Mais da metade de nosso território é área de conservação ambiental…. façam isso na França, Espanha, Alemanha e em toda a Europa, depois venham discutir politicas conosco…

    • Felix disse:

      O problema é que a Amazônia afeta o clima do MUNDO, inclusive do Brasil, e as florestas em regiões temperadas nem tanto. Por isso a preservação da floresta amazônica, ou não, não interessa apenas ao Brasil. A União Europeia discute políticas com o Brasil quando quer e não quando Brasil quer. Se o Brasil não se interessar, que tente vender seus produtos em outro canto.

    • Dante Almasi disse:

      Uau, então o Brasil não faz parte de um todo? Vivemos em uma bolha? Justamente por termos uma grande área de vegetação devemos ter responsabilidade e fazer algo. O que você está fazendo além de demonstrar conivência com a continuidade da destruição ambiental e inércia política? Sério que você é um ser humano? Mora mesmo no Brasia? Que maneira mais primitiva de participar de um problema que afeta/afetará todos os cidadãos desse planeta. Ficar falando que os países europeus destruíram suas florestas, d3snudar as falhas alheias não resolverá o problema maior.

  15. Fernando Santos disse:

    A 20 anos enrolam o Brasil e Mercosul e agora é culpa do Bolsonaro? Que deputado poderoso, afinal nos últimos 18 anos e um mês ele era deputado. Porque não assumem que o protecionismo europeu é que emperra qualquer acordo? FHC, Lula e Dilma também foram enrolados pelos europeus.

    • Felix disse:

      Sim, é culpa do bolsonaro e sua quadrilha, pois demonstram diariamente que não têm o menor interesse em preservar a floresta, antes pelo contrário!

    • Dante Almasi disse:

      Enxergar a verdade é um dos primeiros passos para haver mudanças. Independente do histórico do acordo, é fato que esse atual presidente é um retrocesso para o país.

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